O valor da Petrobras fechou com uma queda de 9,2% na segunda-feira, 15. Foi a primeira vez em dez anos que as ações da estatal fecharam as cotações com valor menor de dois dígitos. O preço final do dia foi de R$ 9,18. Na sexta-feira passada, 12, uma ação ainda valia R$ 10,11.

A queda vertiginosa do valor da empresa já acumula 46,3% de perda de valor das ações desde o início de 2014 e a bolsa de valores tomou providências na tarde de segunda mesmo. Para o controle de risco, os papéis da petroleira deixaram de ser negociados no meio da tarde.

A estatal ainda não divulgou o balanço financeiro do terceiro trimestre, que deveria ter sido anunciado no dia 12. A imprevisibilidade do futuro da companhia somada aos escândalos de corrupção financeira investigados pela operação lava jato da Polícia Federal explicam a baixa de valor da ação. Segundo a presidente da companhia, Graça Foster, a divulgação do balanço foi adiada porque, diante das investigações, não haveria condições de apresentar números que representassem a real situação da empresa.

Além da queda na bolsa, na terça-feira, 16, a agência financeira de classificação de risco S&P (Standart & Poor’s) rebaixou a nota individual da Petrobras de BBB- para BB na escala de análise de confiança para investidores. No início do mês, outra empresa internacional do mesmo ramo, a Moody’s também divulgou nota questionando a capacidade econômica individual da empresa.

A situação da companhia não tem previsão de melhora, segundo analistas. Para piorar esse cenário, a baixa internacional do preço do barril de petróleo pode também afetar o preço das ações na bolsa. O futuro incerto inquieta os acionistas. Segundo levantamento feito em abril deste ano, a Petrobras contava com 278.953 investidores individuais.

Com informações do El País Brasil e do Estado de São Paulo.