Após 19 de meses, a China suspendeu o embargo que mantinha à carne bovina brasileira. O anúncio foi feito após reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o líder chinês Xi Jinping nesta quinta-feira, 17. A decisão de interromper a compra do produto foi tomada em 2012, depois de um registro da doença da vaca louca no Paraná.

Na época o caso foi considerado atípico. Por isso mesmo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) manteve o Brasil na classificação de “risco insignificante” em relação à doença. Agora o desafio do país será habilitar novas plantas frigoríficas porque, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria e Pecuária do Brasil (CNA), somente oito estabelecimentos brasileiros estão autorizados a exportar carne bovina para o mercado chinês.

Até lá, os frigoríficos precisarão aguardar a visita das autoridades sanitárias da China para concluir o processo de habilitação. Desde o ano passado as empresas aguardam essa auditoria, que agora pode acontecer em breve.

Logo que o Brasil voltar a exportar para o país asiático, a expectativa é que o volume de vendas chegue a US$ 1 bilhão no próximo ano. Em 2012, a China nem chegava a ser um grande comprador do produto. Naquele ano foi exportado US$ 37,768 milhões em carne. Mas a previsão de aumento nas vendas tem como referência Hong Kong, que em 2013 comprou US$ 6,6 bilhões da proteína animal brasileira, tornando-se o principal mercado para o país.

Só no primeiro semestre deste ano o Brasil exportou, ao todo, 762 mil toneladas de carne bovina, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec): 12,7% a mais que no mesmo período do ano passado. A receita com as vendas externas também cresceu, 13,3%.

Com a volta da comercialização para a China, a previsão é de que o negócio com o país asiático corresponda a 20% do total exportado no Brasil.

Com informações do portal G1.