Com receio de Natal fraco, varejo adia encomendas e afeta indústria
Desconfiança dos varejistas com relação ao potencial do Natal deste ano tem afetado indústria. Encomendas ainda não começaram a ser feitas. Produção está baixa.

O receio do varejo quanto ao potencial do Natal deste ano está causando prejuízos em cascata. A indústria já estima queda na produção pela falta de pedidos. Se eles ocorrerem muito em cima da hora, a constatação é de que não haverá tempo hábil para atender a demanda. Ainda assim, o endividamento das famílias, o crédito baixo, a desconfiança do consumidor sobre os rumos da economia e a estagnação do comércio durante quase o ano inteiro tem jogado um balde de água fria em qualquer expectativa quanto à época mais rentável para o varejo.

Um cenário pessimista e cauteloso é como descreve o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Bentes fez cálculos para ilustrar o cenário atual: os estoques do varejo estariam estagnados desde o mesmo período do ano passado, quando já se registrava uma queda nas vendas de 0,9%.

Essa realidade já acendeu a luz amarela em vários setores da indústria. O setor de calçados, que normalmente já estaria produzindo para alimentar as vendas da coleção primavera-verão, está ocioso. O alerta é ainda maior porque em 2013 já havia uma retração ante 2012, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Na indústria têxtil, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit), os pedidos estão próximos a zero. Já entre os produtos de informática e comunicação, como celulares, o período de encomendas ainda não começou, por isso não é possível mensurar como está o comportamento do comércio com relação a este setor.

Ao todo, a projeção é de avanço de 3% nas vendas no período natalino, com possibilidade de um resultado ainda mais baixo, tornando este o Natal mais fraco desde 2004. A geração de trabalhos temporários deve ser a menor em seis anos, com alta de 0,8% na comparação com o ano passado.

Com informações do Estado de S. Paulo.

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