Copa no Brasil resultou em perdas e ganhos na economia
Comércio varejista saiu prejudicado com a queda nas vendas e os feriados no período da Copa. Foto: Agência Brasil.

A partir desta segunda-feira as lojas vão abrir sem a preocupação de ter que fechar mais cedo por causa de algum jogo. As pessoas também não serão mais afugentadas das vitrines por terem que estar em frente a uma TV. A indústria, então, vai ter que trabalhar mais para abastecer o comércio que deve voltar ao ritmo normal. Bares e restaurantes terão de volta – seja no aspecto positivo ou negativo – o seu fluxo de clientes.

Este cenário retrata o que a Copa do Mundo no Brasil representou para a economia do país. A promessa do governo foi de um grande salto no crescimento e na geração de emprego. O resultado, no entanto, segundo os analistas ouvidos pela BBC Brasil, não foi tão relevante assim.

Entre os bares e restaurantes, os primeiros levaram a melhor, com um movimento comparável ao das festas de fim de ano, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O faturamento do setor no mês do Mundial deve chegar aos R$ 12 bilhões, ante os R$ 9 bilhões somados no mesmo mês do ano passado. Para quem vende almoço, no entanto, a dificuldade foi grande e as perdas dificilmente serão recuperadas, de acordo com a Associação Nacional dos Restaurantes.

As indústrias de eletrônicos, bebidas e construção civil tiveram muito a comemorar. As vendas de televisores crescerem 45% de janeiro a abril na comparação com o ano passado. Só na Zona Franca de Manaus esse resultado chegou a 65%. A Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil) afirmou que a produção da bebida cresceu 11,2% para atender à demanda gerada pela competição. O Sindicato de Arquitetura e Engenharia (Sinaeco), por sua vez, calcula uma movimentação de aproximadamente R$ 35 bilhões desde 2007 com as obras para realização do Mundial.

Mas não são todos os segmentos do setor que estão comemorando. A estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que, em geral, houve perdas no período. O problema é que há ainda a previsão de gastos maiores para os próximos meses, como no pagamento de horas extras, de modo a compensar a produção menor no período da Copa.

Já o setor hoteleiro teve um bom resultado. Mesmo em São Paulo, onde normalmente a maioria das ocupações ocorre por conta do turismo de negócios – que ficou praticamente parado durante o Mundial –, o balanço final surpreendeu.

Em Manaus os turistas chegaram a ficar além do que apenas os dias de jogos, segundo o presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Roberto Rotter. Além disso, como as tarifas ficaram maiores, os ganhos também cresceram.

Entre os setores mais prejudicados, no entanto, está o varejo. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), as perdas diárias chegaram aos R$ 600 milhões por conta dos feriados. Em São Paulo, as vendas caíram 12,9% em junho com relação a maio. Também houve recuo de 0,75% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Com informações da BBC Brasil.

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