A inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o primeiro semestre de 2015 com alta de 6,17%. Este é o maior nível para a inflação oficial desde 2003, quando, na primeira metade do ano, o indicador chegou a 6,64%. No ano passado, a inflação do período havia chegado em 3,75%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou ligeiramente abaixo do registrado pelo IPCA-15 no mês de junho, que foi de 6,28%. Este indicador é medido do dia 15 de um mês até o dia 15 do mês seguinte.

Para o IPCA, que leva em conta a evolução dos preços em todo o período mensal e é mais abrangente, os resultados de junho foram os mais altos desde 1996, chegando a atingir 0,79% de alta nos preços. O resultado do acumulado dos 12 meses chegou a 8,89%, também o mais alto desde 2003, quando, no mês de dezembro alcançou 9,30%.

Considerando as metas estabelecidas pelo Banco Central, a alta dos preços do semestre já está se aproximando do limite máximo previsto para o ano todo, que é de 6,5%. Porém, o relatório trimestral do próprio Banco Central, divulgado no fim do mês já previa que o IPCA chegaria a 9% até o fim deste ano.

Para 2016, o BC manteve as mesmas metas inflacionárias de 4,5%, com margem dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Alimentos

Neste ano, por conta da seca em algumas regiões do país, os preços de produtos como o tomate e a cebola impulsionaram o grupo de alimentação, que cresceu 0,63%, ficando acima do que normalmente é registrado no período.

A maior vilã do semestre, contudo, foi a energia elétrica, que apresentou alta constante nos preços durante todos os meses do ano. Em junho, teve alta de 0,06%, mas no mês anterior, por exemplo, ficou 2,77% mais cara.

Com informações dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.