Tomate acumula alta de 122,13% em 12 meses, mas em março a maior variação foi da cebola, com alta de 21,43%.

A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ultrapassou a meta estipulada pelo Banco Central (BC) e atingiu, em 12 meses, 6,59%. De janeiro a março, a alta foi de 1,94%. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A última vez em que o índice superou a meta foi em dezembro de 2011, quando atingiu 6,64%.

O centro da meta definida pelo governo é de 4,5% e pode variar dois pontos para mais ou para menos. Portanto, o teto da meta é 6,5%. Uma das ferramentas para controlar a inflação é a taxa básica de juros, Selic, que atualmente está em 7,25% — a mínima histórica. O Comitê de Política Monetária (Copom), integrado por autoridades do BC que definem a Selic, normalmente aumenta os juros básicos para barrar a alta da inflação. Mas o dilema atual é que, se aumentar os juros, o Brasil corre o risco de sofrer com mais um ano de estagnação da economia. Porém, mesmo diante dessa realidade, muitos analistas de mercado vêm criticando o BC por não estar mexendo na Selic diante da inflação descontrolada e acreditam que a autoridade monetária está agindo sob pressão do Planalto e perdendo autonomia. O presidente do BC, Alexandre Tombini, nega que esteja olhando passivamente a alta da inflação.

Em declaração no final de fevereiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que “a situação inflacionária está sob controle” e garantiu que o índice vai desacelerar em 2013 com relação a 2012 e fechar o ano em 5,5%.

Em março, o IPCA apresentou variação de 0,47%, resultado menor que em fevereiro, quando chegou a 0,60%. Segundo o IBGE, o resultado para o mês é o menor desde agosto do ano passado, quando a taxa ficou em 0,41%.

O grupo de alimentos foi o principal responsável pela alta do IPCA, mesmo após a desoneração dos produtos da cesta básica anunciada pelo governo. Apesar de o tomate estar sendo considerado o vilão da alta de preços (em 12 meses o preço do produto subiu 122,13%), em março a variação dele foi menor que no mês anterior: de 20,17% em fevereiro para 6,14% no levantamento mais recente. A maior alta, dessa vez, foi da cebola (de 11,64% para 21,43%), seguida pelo açaí (de 16,77% para 18,31%) e cenoura (de 21,41% para 14,96%).

Houve avanço de preços nos grupos de habitação (de -2,38% em fevereiro para 0,51% em março) e no grupo de comunicação (de 0,10% para 0,13%).

Os grupos que apresentaram desaceleração na variação dos preços foram o de despesas pessoais (de 0,57% em fevereiro para 0,54% em março), o grupo de saúde e cuidados pessoais (de 0,65% para 0,32%), vestuário (de 0,55% para 0,15%), artigos de residência (de 0,53% para 0,11%), educação (de 5,40% para 0,56%).

O grupo de transportes teve deflação e passou de 0,81% de alta em fevereiro para uma queda de 0,09% em março: o resultado mais baixo de todos os grupos. Os destaques ficaram com as passagens aéreas, que saíram de uma queda de – 9,98%, para -16,43%.

Na análise regional, a maior variação do IPCA foi registrada em Belém (0,79%), com o aumento de preços do açaí e da farinha de mandioca. O menor índice foi do Rio de Janeiro (0,27%).

Segundo o IBGE, o agrupamento dos não alimentícios passou de 0,33% em fevereiro para 0,25% em março.

Com informações do portal G1.

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