Lula admite deficiências na economia do país, mas ressalta avanços
Em coletiva para blogueiros, Lula criticou as pessoas que “só mostram o copo vazio”, admitiu que há melhorias a serem feitas no país e ressaltou avanços dos últimos anos, comparando à sua época de sindicalista. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que a economia brasileira não está como ele gostaria que estivesse, que a inflação em “5,9% é muito” e que a presidente Dilma Rousseff vai ter que dizer claramente na campanha eleitoral deste ano o que irá fazer para melhorar o desempenho do país.

As declarações foram feitas em uma entrevista concedida a blogueiros nesta semana. Ainda que admita a necessidade de melhoras, o ex-presidente fez questão de ressaltar os avanços obtidos nos últimos anos. “Pega o G20 [grupo das 20 maiores economias do mundo] pra saber quantas estão crescendo mais que o Brasil. Você vai achar a China. E a China é um pouco suspeito porque lá não tem […] o tanto de obstáculos que nós temos aqui e nós mesmos criamos. Ou seja, é muito mais fácil fazer economia na China do que num país democrático”, defendeu.

Lula criticou os especialistas que afirmam que a inflação está alta, mas admitiu que gostaria que o índice estivesse em 2% ao mês. Disse que a economia está passando por uma das maiores crises da sua história e que é uma “dádiva de Deus” os indicadores brasileiros permanecerem no patamar que estão mantendo a empregabilidade e a renda em alta.

Ao citar o panorama internacional, o ex-presidente declarou que, desde quando governava o Brasil, discutia em fóruns pelo mundo medidas para driblar as dificuldades financeiras do planeta. “A chance de nós ajudarmos a economia é a gente canalizar investimentos para ajudar países pobres a se desenvolverem para eles virarem consumidores e participantes da economia mundial. Isso não foi feito até hoje”, criticou.

Sobre as eleições deste ano, ele garantiu que não será candidato e que irá apoiar a campanha de Dilma Rousseff. Disse que as afirmações de que ele voltaria a concorrer à presidência são “boataria” e afirmou que se existe insatisfação no país é por conta do fortalecimento da democracia. Essa afirmação foi exemplificada na fala sobre a saúde: “Eu disse para a presidenta Dilma: não pense que o ‘Mais Médicos’ [programa do governo para levar atendimento médico ao interior e às periferias] resolve o problema. O ‘Mais Médicos’ vai agravar o problema. Por quê? Porque na hora que a pessoa tem acesso ao primeiro médico, ele vai necessitar do primeiro especialista”.

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