Nesta semana, brasileiros vão parar de trabalhar só para os impostos
Esta é a última semana que brasileiros vão trabalhar exclusivamente para pagar impostos, diz IBPT. São 151 dias de renda bruta comprometida com obrigações tributárias.

Esta é a última semana que será preciso trabalhar exclusivamente para pagar impostos. Isso porque no próximo sábado, dia 31 de maio, encerra a quantidade de dias necessários para que os tributos e contribuições sejam quitados no país. A projeção é feita pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), que fez o cálculo levando em consideração o rendimento bruto dos brasileiros.

De acordo com o estudo, em 2014, serão necessários cinco meses (ou 151 dias) de rendimentos para quitar as obrigações com o governo. Isso representa 41,37% do ganho bruto no ano. Há dez anos, o brasileiro trabalhava 4 meses e 18 dias para ficar em dia com seus impostos. Ano passado, foi necessário trabalhar um dia a menos.

Se a comparação for dividida entre a renda, a classe média (com ganhos entre R$ 3 mil e R$ 10 mil) continuará trabalhando até dia 10 de junho só para o pagamento de tributos. A classe mais abastada (renda maior que R$ 10 mil) precisará comprometer os ganhos até dia 3 de junho. Os mais pobres (que ganham até R$ 3 mil) trabalham menos: terminaram de pagar os impostos na sexta-feira, 23.

Dos 28 países pesquisados, o Brasil ocupa o 9º lugar no número de dias trabalhados para a quitação de impostos. Apesar disso, todas as oito nações líderes do ranking têm um retorno dos serviços públicos com qualidade superior ao Brasil.

Da lista, o México fica na lanterna, onde se trabalhou 71 dias, em 2014, para pagar impostos. Suíça e Japão, por exemplo, referências em retorno dos impostos, consomem 102 e 104 dias, respectivamente, para recolhimento de tributos. Dinamarca, França e Suécia ocupam as três primeiras colocações. Embora a carga seja mais pesada que a brasileira, o retorno dessas contribuições à população é proporcional ao montante pago, diferentemente do Brasil.

Por aqui, outro estudo do IBPT lançado em abril mostrou que o Brasil continua no último lugar num ranking de 30 países sobre retorno dos impostos à população. Emergentes como a Argentina e Uruguai prestam melhores serviços aos seus cidadãos e, em ambos os países, se trabalha menos para pagar impostos, segundo essa pesquisa mais recente.

De acordo com o IBPT, o levantamento considera os tributos incidentes sobre salários e honorários, como Imposto de Renda e contribuições previdenciárias; PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS (embutidos nos preços); e IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI e ITR (que incidem sobre o patrimônio). Taxas de limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documento e iluminação pública também entraram no cálculo do IBPT.

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