Ociosidade na indústria

A ociosidade na indústria brasileira deve registrar um novo recorde negativo em 2016. A expectativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é que o percentual fique abaixo dos 66% do ano passado, a pior média anual desde 2001, quando a entidade começou a pesquisar a UCI. Isso significa que 34%, ou mais de um terço, das máquinas, equipamentos e instalações da indústria ficaram parados.

Em junho, a utilização média da capacidade instalada ficou em 64%, um ponto percentual abaixo do registrado no mesmo mês de 2015. Nos meses de janeiro e fevereiro, atingiu 62%, o nível mais baixo dos últimos 15 anos, indicando que 38% do parque industrial ficou parado nos dois primeiros meses de 2016.

Na avaliação da CNI, esse percentual elevado de ociosidade na indústria foi determinado pela queda da demanda, que teve início ainda no fim de 2013. O ajuste da produção à demanda começou nas indústrias que produzem bens de maior valor e bens de capital, como automóveis e caminhões.

Ainda de acordo com a entidade, logo depois da Copa do Mundo de 2014, a crise se espalhou por setores que fornecem insumos para a indústria de transformação, como metalurgia e borracha.

Em 2015 e 2016, a ociosidade aumentou em setores de produtos de consumo não duráveis, como alimentos, vestuário e material de limpeza. Em setores como vestuários e couros e artefatos, a utilização média da capacidade instalada caiu sete pontos percentuais em 2015 na comparação com a média de 2011 a 2014.

A baixa demanda, segundo a CNI, provocou o acúmulo de estoques indesejados. Os estoques ficaram acima do planejado na maior parte de 2015 e foram ajustados ao nível planejado apenas no fim do ano, depois de sucessivas reduções da produção”, diz a nota da entidade.

Outro problema é o comprometimento da saúde financeira das empresas e aumenta a necessidade de capital de giro. Há gastos com trabalho, insumos e matérias-primas no momento da produção e o retorno financeiro com a venda dos produtos é mais demorado.

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