Setor agropecuário foi o que teve o pior desempenho em 2012: recuou 2,3%.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país – em 2012 foi de 0,9%: o pior resultado desde o auge da crise internacional, em 2009. Na ocasião houve recuo de 0,3%. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou os dados nesta sexta-feira, 1. Em 2011 o PIB foi de 2,7%. Em valores correntes, o PIB de 2012 somou R$ 4,4 trilhões.

No ano, o setor de serviços foi o que puxou o resultado para cima, com alta de 1,7%. De acordo com o coordenador da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Luís Olinto Ramos, “o grupo de serviços cresceu de importância fortemente e tem que ser olhado com atenção. O grupo não é muito homogêneo, inclui serviços a famílias e empresas, intermediação financeira. Se esse crescimento é bom ou ruim é controverso”, afirmou.  A indústria, que para Ramos “continua sendo o núcleo indutor da economia”, recuou 0,8% e só não foi pior que o desempenho do setor agropecuário, com retração de 2,3%: “A queda de produção na agropecuária foi influenciada principalmente pelos problemas de clima e pela queda no preço das commodities. O indicador contrasta com a safra recorde divulgada pelo IBGE para 2012. Isso porque a previsão de safra do instituto não analisa itens como cana-de-açúcar e laranja, que pesam muito na formação do PIB”, apontou o coordenador do IBGE.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 3,2%. Embora o resultado seja positivo, ele é o pior desde 2003, quando caiu 0,8%. Para Ramos, o consumo “influencia os serviços, segmento que puxou a economia pela ótica da demanda […]. A renda real continua crescendo fazendo crescer também o consumo das famílias”, analisou.

No ano, ainda teve avanço de 3,2% na despesa do consumo do governo e a queda de 4% no investimento, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FCBF).

O resultado de 2012 se confirmou bem diferente da previsão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que projetou um crescimento de 4% em 2012. Aos poucos a previsão do governo foi diminuindo, embora, noutras frentes, procurava fazer renúncias fiscais e anunciar pacotes de concessão para investimentos, de modo a impulsionar a economia. Ainda assim, o mercado estava pessimista e a previsão dos analistas ficou bem próxima do resultado divulgado nesta sexta.

Quarto trimestre

No quarto trimestre de 2012, com relação ao imediatamente anterior, o PIB variou 0,6%, o setor de serviços foi o que registrou a maior alta com relação aos outros setores – acompanhando o resultado anual – e avançou 1,1%. A  indústria cresceu 0,4% e a agropecuária teve um recuo trimestral ainda maior que o anual, de 5,2%. O consumo das famílias, nessa base de comparação, avançou 1,2%, e a do governo, 0,8%. A formação bruta de capital fixo apresentou crescimento de 0,5%, após ter registrado quatro trimestres seguidos de queda. As exportações aumentaram 4,5% e as importações, 8,1%.

Para 2013, a expectativa é que a economia volte a crescer com mais força, impulsionada por uma safra recorde de grãos que já está sendo colhida no Centro-Sul do país e pela retomada da indústria, cuja confiança está em ascensão. A maioria dos economistas projeta avanço de 3% do PIB, embora existam apostas de até 4%.

Com informações do portal G1 e do Estado de S. Paulo.

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