A agência norte-americana de classificação de risco Stantard & Poor’s (S&P) rebaixou a nota de crédito do Brasil, de BBB- para BB+, perdendo assim o grau de investimento. A decisão foi divulgada na quarta-feira, 9, menos de seis semanas depois da agência mudar a perspectiva de “estável” para “negativa”, no dia 28 de julho.

Desde então, a mudança já era esperada de certa forma, principalmente pela dificuldade de aplicação de um ajuste fiscal pleno pelo governo Federal. A principal razão para a mudança em um período tão curto de tempo foi novamente esta dificuldade política das relações com o Congresso, além do déficit previsto no Orçamento do ano que vem.

Na nota divulgada pela a agência, ela afirmou acreditar que a situação de crédito do Brasil enfraqueceu desde a mudança de perspectiva e que, sem nenhuma reviravolta inesperada, a meta fiscal proposta no Orçamento do próximo ano renderia três anos de déficit primário e um aumento contínuo na dívida líquida. “Enquanto o Ministério da Fazenda está trabalhando em várias medidas para recuperar a meta de superávit inicial de 0,7% do PIB, elas terão de ser negociadas de forma fragmentada com o Congresso”, analisou a empresa.

Horas antes da divulgação da mudança da S&P, em Nova York, o vice-presidente de comunicação de outra agência de classificação de risco, a Moody’s, afirmou que o selo de bom pagador do Brasil seria mantido por eles. Em entrevista depois de um evento, o representante garantiu que a Moody’s só revisaria o conceito se acontecesse um evento brusco e com evidências de mudanças na condução da política econômica do país.

No Planalto, o discurso do governo não mudou. Em entrevista, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento, Orçamento e Gestão) afirmou que o rebaixamento não muda a trajetória de recuperação da economia brasileira. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, garantiu, em nota, que o governo brasileiro reafirma seu compromisso com a consolidação fiscal. Segundo ele, a previsão de déficit para o próximo ano no Orçamento incorpora importante disciplina nas despesas discriminatórias e esforços da gestão para reduzir as despesas. Levy afirmou ainda que o governo continua buscando a antiga meta, de 0,7% no superávit para o próximo ano.

Com informações da Agência Brasil, do portal G1 e da Folha de São Paulo.

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