Quarenta e sete por cento dos brasileiros que pretendem comprar um imóvel ou terreno nos próximos 12 meses fazem parte da classe média. Esta parcela, do total de cerca de 9,9 milhões de famílias brasileiras, tem renda familiar mensal entre três e dez salários mínimos. Os dados são de um estudo do Data Popular, apresentados nesta terça-feira, 5, no seminário “Tendências do Mercado Imobiliário”, realizado pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo. O levantamento do Data Popular foi feito com cerca de 5.000 entrevistados em 140 municípios no país.

A intenção de comprar um imóvel era declarada por 1,5 milhão de famílias da classe média no primeiro trimestre de 2009, número que passou para 4,7 milhões no mesmo período neste ano, triplicando o potencial de consumo nesse nicho. Essa quantidade já é superior ao total de famílias que mostravam essa intenção no início de 2009 (4,4 milhões), considerando todas as classes sociais.

O principal impulso para esse salto, de acordo com Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular, é o programa federal Minha Casa, Minha Vida, lançado em março de 2009 para a aquisição de moradias de até R$ 170 mil

A pesquisa aponta também que o principal receio para os consumidores das classes C, D e E ao comprar um imóvel é não conseguir terminar de pagar o financiamento. Já para a população de alta renda, a preocupação mais citada é a de não receber a moradia.

Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, esses novos consumidores em potencial precisam de uma consultoria financeira para comprar apenas o que podem pagar. Para ele, essa orientação é uma obrigação de toda a cadeia do setor imobiliário –começando pelo corretor–, e não só dos bancos que vão conceder o empréstimo e conseguir um cliente para outros produtos e serviços por um período que pode chegar a três décadas.

O levantamento do Data Popular aponta ainda que 16,7% dos brasileiros vivem em residências alugadas e 9,3% em imóveis cedidos –sendo, portanto, também um público potencial para a compra de uma casa ou apartamento. Na classe C, são 17,6% e 5,6%, respectivamente.

Outra constatação destacada por Meirelles é o tamanho do imóvel, mensurado por essa parte da população em quantidade de quartos, não em metros quadrados, atribuindo mais valor para apartamentos com mais dormitórios do que simplesmente maiores.

Famílias que desejam comprar imóvel ou terreno nos próximos 12 meses:

No primeiro trimestre de 2009
Classes AB – 1,6 milhão
Classe C – 1,5 milhão
Classes DE – 1,3 milhão
Total – 4,4 milhões

No primeiro trimestre de 2011
Classes AB – 1,7 milhão
Classe C – 4,7 milhões
Classes DE – 3,5 milhões
Total – 9,9 milhões

Classe AB – renda mensal familiar superior a dez salários mínimos
Classe C – renda entre três e dez salários mínimos
Classes ED – renda até três salários mínimos

Com informações do Portal Folha.com

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