BM&FBovespa diz que não vai compartilhar o clearing com uma concorrente. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

A Nyse Euronext, controladora da Bolsa de Nova York, anunciou uma parceria com o grupo ATG para a criação de uma nova bolsa de valores no Brasil. De acordo com o presidente da ATG, Fernando Cohen, o investimento inicial para o novo negócio é de US$ 100 milhões. “Não imagino o Brasil, com o tamanho da economia do País, com apenas uma bolsa”, declarou.

Mas o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, já deixou claro não ter interesse em autorizar o uso da clearing, o sistema de custódia e compensação de ativos da bolsa de São Paulo, por outra companhia. O presidente da BM&F afirmou que a bolsa precisa “trabalhar rápido” para integrar as suas quatro clearings e avançar em “tecnologia e eficiência”.

De acordo com os executivos da Nyse e da ATG, a nova plataforma não é uma concorrente da bolsa paulista. Segundo o diretor executivo da ATG, Arthur Machado, a plataforma a ser criada tem como objetivo aumentar a liquidez do mercado brasileiro e, com isso, gerar mais negócios para os investidores.

Essa é a quarta vez que uma iniciativa estrangeira decide atuar no mercado nacional. A primeira foi a Bats Global Markets, terceira maior bolsa dos Estados Unidos. Depois dessa, a gestora de recursos Claritas e norte-americana Direct Edge manifestaram interesse em abrir concorrência no Brasil. Mas nenhuma delas conseguiu atingir os objetivos devido à resistência da BM&FBovespa em permitir o uso da clearing.

A nova empresa, que irá se chamar ATS Brasil, não deve desistir dos planos no caso de a BM&FBovespa apresentar algum empecilho. De acordo com a Nyse e a ATG, se não houver parceria com a bolsa paulista, já há um plano B e um plano C para que o empreendimento seja instalado no Brasil.

A diretoria da ATS Brasil deve ser anunciada em até duas semanas. A intenção é iniciar as operações em 2014 e chegar ao final do ano com 10% a 15% de participação no mercado de capitais brasileiro. O acordo entre a ATG e a Nyse vem sendo costurado nos últimos dois anos.

Ontem, a CVM informou, por meio da assessoria de imprensa, que não recebeu nenhum pedido de autorização para funcionamento de outras bolsas de valores no País.

Com informações do Estado de S. Paulo.

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