Será o novo presidente americano Barack Obama um novo herói a ficar marcado em nossos livros de história? Não há dúvidas de que isso seja, no mínimo, o esperado pela maioria da população mundial. O clima de festa que envolve o início do governo Obama espalhou-se por todos os cantos do mundo. Pessoas de diferentes nacionalidades, religiões, culturas, crêem, juntamente com os norte-americanos, que virão anos melhores com a posse do novo presidente. Então, como separar a emoção da racionalidade?

A expressão “o salvador da pátria” apesar de enaltecer a figura pessoal de Barack Obama não é de boa ajuda em um momento complicado como este. Jovens entusiasmados e ainda vivendo sob o reflexo da campanha vitoriosa dos Democratas acreditam cegamente que a vitória nas urnas será repetida na administração. Porém, ciente da realidade de seu país e das dificuldades que enfrentará para reerguer a economia, Obama tenta em todos os seus discursos salientar que não virão bons anos pela frente.

Toda essa expectativa do povo americano, apesar de ter sido sua principal alavanca nas eleições, terá um ônus enorme, pois qualquer que seja sua atuação, será certamente inferior ao esperado pelo eleitorado. E isso não se trata de pessimismo. O fardo de ter como missão concertar a economia mais poderosa do planeta impõe à nova administração uma enorme responsabilidade. As comparações de Barack Obama com Franklin Roosevelt, e seu governo durante a Grande Depressão através do New Deal tornam tal responsabilidade ainda maior.

Diante de toda essa esperança depositada em torno de sua figura, Obama promete muito trabalho e dedicação. A primeira medida para solucionar a crise econômica trata-se da proposta de um pacote de estímulo econômico de plano de resgate estipulada em torno dos US$ 800 bilhões. Já para o mês e fevereiro ficou estipulado como meta a aprovação do pacote de redução de impostos, ajuda a desempregados, obras públicas entre outras medidas de estímulo para economia, e também medidas para a saúde pública. É importante lembrar que a administração de Obama contará com maioria nas duas casas do Congresso norte-americano.

É impossível acreditar que nada vai mudar. Não se sabe se para bem, ou para mal. Só a renovação da liderança já dá novo ânimo para solucionar a crise. Diante de todos os discursos e propostas (apesar de que não devemos nunca estar baseados nisso), Barack Obama demonstra grandes diferenças do presidente Bush. Demonstra-se um presidente mais voltado ao social do que ao capital. Resta-nos acompanhar se realmente um governante com características tão agradáveis aos pobres conseguirá firmar-se na liderança da grande economia dos EUA. Em qual página dos livros Obama estará não sabemos, mas todos desejamos que sejam em muitas de uma boa história.

Darlon Massirer
Aluno do curso de Direito da Univille

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