Com alta da Selic, Banco Central quer conter consumo para baixar os preços e segurar o avanço da inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), decidiu elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25%, para 7,5%. Com esse movimento, o BC pretende segurar o crédito para conter o consumo e forçar uma redução de preços, segurando a inflação que, segundo os economistas, já atinge mais de um setor da economia. A decisão foi anunciada no fim da reunião do Comitê, na noite de quarta-feira, 17.

A Selic estava, desde outubro de 2012, em 7,25%: a mínima histórica.

Apesar disso, na nota divulgada à imprensa, a autoridade monetária reforçou a necessidade de precaução, justificando que “incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela”.

Esse cuidado do BC ocorre por causa de uma possível redução do preço das commodities no mercado internacional, que pode causar deflação na economia interna. Além disso, o governo ainda espera que as desonerações anunciadas nas últimas semanas, como para os produtos da cesta básica, ainda causem efeitos, e uma decisão precipitada de aumentar os juros em demasia acabe por desestimular o crescimento da economia nacional, ainda em recuperação.

Além do impacto no crédito e no consumo e dos resultados esperados no controle da inflação, o aumento da Selic altera o rendimento da caderneta de poupança, que desde maio do ano passado está atrelado à taxa básica. Com juros em 7,5% ao ano, a remuneração da poupança sobe de 5,07% para 5,25% ao ano, mais Taxa Referencial (TR). Antes da mudança das regras, a poupança rendia, pelo menos, 6,17% ao ano, mais TR.

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