BNDES: Redução da nota da economia brasileira não afetou mercado
Luciano Coutinho: ““A bolsa continua firme, contrariamente a algumas expectativas, a taxa de câmbio recuou – pelas cotações que eu estava acompanhando antes de chegar aqui -, mas mostra a maturidade, a tranquilidade do mercado brasileiro em processar essa notícia”. Foto: Agência Brasil.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta terça-feira, 25, que a melhor resposta para o rebaixamento da nota para a economia brasileira está sendo dada pelo mercado, que recebeu com tranquilidade a avaliação. Ontem, a agência internacional Standard & Poor’s (S&P) reduziu a nota da economia brasileira de BBB para BBB-.

“A bolsa continua firme, contrariamente a algumas expectativas, a taxa de câmbio recuou – pelas cotações que eu estava acompanhando antes de chegar aqui -, mas mostra a maturidade, a tranquilidade do mercado brasileiro em processar essa notícia”, avaliou ao participar, nesta terça-feira, de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Coutinho ressaltou que a Standard & Poor’s é uma classificadora de risco, entre outras duas importantes – Moody’s e Fitch -, que mantiveram suas avaliações no Brasil. “Tenho total confiança na firmeza da política fiscal brasileira, que o futuro mostrará a consistência [da economia] e os resultados demonstrarão que a política é uma política de controle das condições de endividamento e manterão essas condições saudáveis de capacidade de atrair investimentos que o Brasil demonstra”.

Para o presidente do BNDES, aparentemente, o impacto da nota sobre o custo de capital não é relevante ou ele já estava precificado. Coutinho explicou que o impacto também deve ser pequeno ou nulo nos investimentos diretos, dadas as oportunidades de investimento no Brasil serem muito amplas, em várias áreas, como petróleo e gás, agronegócio e na logística necessária escoar a produção.

“O Brasil tem um mercado interno que permanece firme, apesar do crescimento relativamente reduzido do PIB [Produto Interno Bruto – soma das riquezas produzidas pelo país], em 2012, que se recuperou um pouco em 2013 e o crescimento do emprego e da renda se sustentam. O mercado interno continua atrativo e nós temos assistido um grande número de consultas e investimentos diretos estrangeiros. Temos grandes projetos em andamento, de forma que eu manifesto minha confiança de que o investimento direto continuará firme”, disse Luciano Coutinho.

Karine Melo / Agência Brasil.
Edição: Marcos Chagas.

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