Fortalecer o sistema nacional de financiamento público é a principal meta do presidente eleito da Associação Brasileira das Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), Maurício Chacur, cujo mandato vai até julho de 2011. Ele será empossado no próximo dia 26 pelo presidente do Conselho de Administração da entidade, Luciano Coutinho, que preside rambém o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em entrevista à Agência Brasil, Maurício Chacur disse que o sistema nacional de fomento terá o BNDES como empresa âncora e as agências de desenvolvimento como parceiras estratégicas. “A gente vai dar capilaridade a esse sistema de financiamento público”.

Conversas nesse sentido já vinham sendo mantidas pela diretoria anterior da ABDE. Segundo o presidente eleito da entidade, o sistema nacional de financiamento público deverá ter qualidade, governança, critérios técnicos e profissionalismo.

“A ideia é que, com isso, a gente consiga prover recursos para os pontos mais longínquos do país. A gente entende que é muito importante esse acesso ao crédito, que fica muito restrito às grandes praças. Tem que chegar no interior, na pequena empresa, no microempreendedor. Aí é onde as agências de fomento atuam muito bem.”

Na opinião de Chacur, o BNDES “já comprou a idéia”. Ele disse que agora as duas entidades vão começar a trabalhar para implementar o projeto.

Na prática, as agências e bancos de desenvolvimento darão capilaridade ao BNDES que, embora tenha mais de R$ 100 bilhões em recursos para emprestar, “não consegue, muitas vezes, chegar na ponta, no tomador final”. O BNDES não tem agências em todo o país que possam repassar seus recursos. Ele atua por meio de uma rede de agentes credenciados.

“Nós vamos ser um braço operacional do BNDES ”, disse Maurício Chacur. As agências e bancos de desenvolvimento atuarão prioritariamente em micro, pequenas e médias empresas, embora isso não exclua trabalhar com as grandes.

O presidente da ABDE vai pedir também ao BNDES a transferência de experiência e tecnologia para os associados, “que ajudem principalmente aqueles que estão começando, para que possam trabalhar de forma mais rápida, mais técnica e com mais qualidade”.

Para Chacur, a crise financeira internacional demonstrou que os bancos públicos são importantes e gerou oportunidades para os bancos e agências de fomento. “A gente quer aproveitar essa oportunidade e efetivamente crescer e se consolidar e, no fundo, ajudar a desenvolver o país”.

Alana Gandra – Agência Brasil

    Leia Também

  • Educação financeira

    Economizando em Tempos de Crise: Dicas Práticas para Gerenciar suas Finanças

  • Cinco atividades de lazer que movimentam a economia das grandes cidades

  • Afinal, qual é o melhor curso Ancord?

Comentários

Aprenda a organizar suas finanças, entenda mais de economia para fazer seu dinheiro render e conheça investimentos para incrementar sua renda