O Tesouro Nacional conseguiu captar US$ 750 milhões de investidores norte-americanos e europeus. O dinheiro veio da emissão de títulos soberanos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2019 realizada sexta-feira (7).

A captação teve taxa de retorno para o investidor de 5,80% ao ano. Esse é o segundo menor juro da história para títulos com prazo de dez anos.

Por meio do lançamento de títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros. Taxas menores indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida.

A menor taxa já registrada para títulos externos com prazo de dez anos tinha sido de 5,299% ao ano. Esses juros foram obtidos com a captação de US$ 525 milhões em títulos da dívida externa, em maio do ano passado. Essa emissão ocorreu poucas semanas depois de o Brasil conquistar o grau de investimento – garantia das agências de classificação de risco de que o país não dará calote.

A emissão de hoje é a segunda após o agravamento da crise financeira internacional. Em janeiro, o país realizou outra emissão de títulos com vencimento em 2019. Na ocasião, o Tesouro captou um valor maior (US$ 1,025 bilhão), mas os juros também foram mais altos (6,127% ao ano).

Segundo o Tesouro Nacional, a demanda pelos papéis brasileiros permitiu ao governo conseguir juros mais baixos no mercado. A procura, informou o governo, foi maior que a oferta de títulos, mas os técnicos não divulgaram o valor exato.

De acordo com o Tesouro, a emissão de hoje foi qualitativa porque o governo já tem quase todos os dólares de que precisa para pagar os vencimentos da dívida externa neste ano, estimados em cerca de R$ 16,1 bilhões. O lançamento do título com vencimento em dez anos, segundo o Ministério da Fazenda, serviu para aproveitar as melhores condições do mercado para reduzir o custo e melhorar o perfil da dívida externa.

O Tesouro informou, ainda, que o Brasil teve desempenho melhor que outros países emergentes, ao conseguir captar recursos com custos menores. Em meados de abril, a Colômbia captou US$ 1 bilhão por meio de títulos com vencimentos em dez anos, mas pagou juros de 7,375% ao ano.

Agência Brasil / Wellington Máximo

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