A maioria dos brasileiros (24,5%) vai usar os recursos da primeira parcela do 13º salário para quitar dívidas. Apesar disso, esse destino para o dinheiro extra, neste ano, é inferior ao registrado nos últimos cinco anos, de acordo com levantamento da empresa de pesquisa Ipsos, feito com mil pessoas em todas as regiões do país. Em 2012, por exemplo, a parcela de pessoas que iriam usar o 13º para quitar os débitos pendentes era de 32,6%.

De acordo com o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emílio Alfieri, ouvido pelo Estado de S. Paulo, esse resultado é uma evidência de que a inadimplência está em queda, estimulada, em especial, pelos feirões de renegociação de dívidas que ocorreram ao longo do ano no Brasil, diferentemente de edições passadas que se concentravam no segundo semestre.

Dados da ACSP mostram que, em 2013, a inadimplência em outubro foi de 5,1%, contra 5,5% registrados no mesmo mês do ano passado. O indicador de inadimplência líquida considera o saldo entre as dívidas não pagas e renegociadas do mês em relação às vendas de três meses anteriores.

Com dívidas negociadas, os consumidores vão preferir ficar longe de novas pendências. Tanto que, segundo o levantamento da Ipsos, o número de entrevistados que pretendem usar o salário extra para fazer compras caiu de 18,7% em 2012 para 18,4% neste ano. Gastos com viagens também serão evitados: somente 6,1% disseram que vão usar o 13º para este fim, contra 9,3% do ano passado.

A mudança de comportamento fica refletida nos números dos que pretendem aplicar esse valor na caderneta de poupança. Dos entrevistados, 20,4% disseram que irão guardar a renda extra. Um número maior do que os 16,3% em 2012.

Ainda assim, 20,4% estão indecisos e declararam não saber onde vão utilizar o dinheiro da primeira parcela do 13º.

Com informações do Estado de S. Paulo.