A união das Casas Bahia com o Pão de Açúcar, considerada o maior negócio da história do varejo brasileiro, estava ameaçada ontem à noite. Isso porque ao ser assinado, em dezembro do ano passado, o acordo entre os grupos deixou pontos importantes para serem definidos ao longo dos meses seguintes. Passados cinco meses, não foram acertados itens decisivos como valores envolvidos, a possibilidade de vendas de ações da nova empresa, governança e estrutura de comando.

Ontem, fontes ligadas à família Klein, das Casas Bahia, diziam que o negócio corria o risco de ser desfeito. Do outro lado, profissionais ligados ao Pão de Açúcar afirmaram que a discussão envolve ajustes normais em contratos e que a própria família Klein havia pedido a confecção de um documento simples, para ser detalhado mais tarde. Nenhum dos dois grupos quis se manifestar oficialmente.

Representantes dos dois lados estiveram reunidos ontem para resolver esses pontos pendentes. Segundo fontes que acompanharam o processo, os Klein teriam começado dispostos a propor um rompimento, mas ao final decidiram aguardar mais um pouco por um novo posicionamento do Pão de Açúcar.

As Casas Bahia foram avaliadas em R$ 6 bilhões, embora o Pão de Açúcar não tenha desembolsado nenhum centavo no negócio. Não houve auditoria. O contrato prevê que, se houver contingências fiscais, o vendedor arca com os custos. O mesmo vale para surpresas positivas.

A união das Casas Bahia com o Pão de Açúcar criou um gigante do varejo de alimentos, móveis e eletroeletrônicos, com faturamento de R$ 40 bilhões por ano. O Pão de Açúcar é a terceira maior empresa privada do País. Com a fusão, o grupo teria vendas iguais às do Walmart e do Carrefour, seus principais concorrentes, juntos.

O ano de 2009 foi decisivo para o Grupo Pão de Açúcar. Em junho, a empresa comprou o Ponto Frio por R$ 826 milhões e se transformou na maior varejista do País, com faturamento de R$ 26 bilhões, 79 mil funcionários e mais de mil lojas espalhadas por 18 Estados. A negociação surpreendeu o varejo, pois o Ponto Frio estava à venda há muito tempo e as exigências feitas pela rede dificultavam a negociação.

Seis meses depois, o Grupo Pão de Açúcar deu um novo salto ao se unir às Casas Bahia, ficando com participação majoritária num negócio de R$ 40 bilhões. Em janeiro deste ano, a companhia anunciou um investimento recorde de R$ 5 bilhões até 2012, porém sem contar o negócio das Casas Bahia.

Com informações do Estadão Online.

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