Este ano, a  China investiu 25% a menos no Brasil do que em 2010. De acordo com dados do Banco Central, de janeiro a setembro de 2011, os asiáticos fizeram investimentos diretos de US$ 333 milhões no país, contra US$ 444 milhões feitos no ano anterior.

A China hoje é o maior parceiro comercial do Brasil, à frente dos Estados Unidos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as trocas com os chineses chegaram a US$ 56 bilhões em 2010. No ano, até setembro, considerando todos os países, o Brasil registrou o ingresso de US$ US$ 50,5 bilhões em investimento estrangeiro direto, contra US$ 22,557 bilhões no ano anterior.

Entre os motivos apontados por especialistas para a diminuição do volume investido pela China neste ano estão as medidas protecionistas que vêm sendo adotadas pelo governo brasileiro – como as tarifas sobre a importação de calçados chineses, para proteger os fabricantes locais – e o agravamento da crise europeia, que faz os investidor reavaliar seus planos de negócios.

“Houve realmente diminuição [dos investimentos]. O Brasil tem a sensação de que alguns setores estão sendo invadidos pelos chineses e impõe barreiras [a alta do IPI para carros estrangeiros foi a medida mais recente]. Diante disso, nenhum investidor se sente seguro e confiante em trazer tanto dinheiro para um terreno hostil. Mas posso dizer que a China continua apostando e enxergando o Brasil como uma grande oportunidade”, disse Tang Wei, diretor-geral da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE).

Apesar de a entrada de investimentos ter diminuído em relação ao ano passado, as perspectivas de Tang Wei são otimistas. Ainda que faltem apenas pouco mais de dois meses para o ano terminar, o diretor-geral da Câmara Brasil-China disse que a China não deverá fechar 2011 com volume de investimentos menor do que o verificado em 2010.

Já para o economista Luis Antonio Paulino, diretor titular do Instituto Confúcio e professor da Universidade Paulista (Unesp), é possível que os investimentos de 2011 não cheguem ao volume do observado no ano anterior. “Talvez esse resultado seja apenas por uma questão circunstancial. De qualquer forma, em 2010, houve muitos investimentos, e esse ano pode não repetir o mesmo montante.”

Na quarta-feira, 2, o presidente da China, Hu Jintao, e a presidente Dilma Rousseff participaram de um encontro bilateral. Os líderes estão em Cannes (França) para a 6ª Cúpula do G20.

Com informações do portal G1.com

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