De acordo com a presidente da Petrobras, “não está descartado aumento de combustível, definitivamente não”.

Executivos da Petrobras estão preocupados com o caixa da empresa diante dos investimentos planejados e da falta entrada de dinheiro na estatal. De acordo com assessores da presidenta Dilma Rousseff ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, há a possibilidade de aumento do diesel e da gasolina no ano que vem.

O reajuste será de 15%, segundo os planos da Petrobras. A única decisão a ser tomada, agora, é se a elevação dos preços será feita de uma vez só ou dividida: 5% em fevereiro e 6% em agosto. A correção, dizem os executivos, minimizaria o risco de interrupção dos investimentos e obras e melhoraria as contas da companhia.

No fim de junho deste ano, a Petrobras já zerou a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), um tributo sobre o combustível, para evitar perdas e aumento do preço nas bombas. Sem este recurso, qualquer reajuste será necessariamente repassado ao consumidor.

De acordo com a Folha de S. Paulo, os preços dos combustíveis estão defasados em cerca de 25% em relação ao mercado internacional. Como a companhia também está produzindo menos, as receitas atuais comprometem os elevados investimentos planejados para os próximos meses.

A previsão é de investir US$ 236,5 bilhões até 2016. Além disso, a Petrobras detém 30% de todos os blocos do pré-sal que serão licitados em 2013.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, porém, negou nesta quarta-feira, 21, que a Petrobras tenha exigido um aumento no preço dos combustíveis e garantiu que a estatal não enfrenta problemas financeiros.

“É um equívoco. A Petrobras não tem nenhuma dificuldade de caixa. Tem um caixa muito maior do que você imagina. É o maior caixa de todas as empresas brasileiras. Eu conheço bem em detalhes”, afirmou. Mantega também negou que os investimentos da empresa estejam comprometidos pela falta de reajustes.

Também nesta quarta, a presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que “não está descartado aumento de combustível, definitivamente não”, enfatizou. Foster, no entanto, não estipulou datas para a correção de preços.

Embora o preço do petróleo tenha subido no exterior, a Petrobras é obrigada a vender o combustível importado a preços mais baixos, para não impactar a inflação. O aumento mais recente da gasolina, de 7,83%, ocorreu em junho, mas não teve repasse nas bombas. Já o diesel sofreu ajuste de 3,94%.

Com informações da Folha de S. Paulo.

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