A indústria da construção civil cresceu 10,9% em 2007, depois de apresentar um aumento de 7,1% no ano anterior. O resultado, que faz parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa a maior expansão do setor desde 1996, quando teve início a série histórica do estudo, que traça uma radiografia do setor.

De acordo com o levantamento, entre os fatores que contribuíram para estimular o desempenho da atividade estão o crescimento da renda familiar e do emprego, o aumento do crédito ao consumidor e do crédito imobiliário, a manutenção da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de diversos insumos da construção, além da estabilidade dos preços e da redução da taxa de juros.

O documento informa que esse conjunto de fatores “contribuiu para um ambiente econômico mais estável, fundamental para a atividade empresarial da construção e para a compra de imóveis pelas famílias, cujos investimentos são feitos considerando prazos de maturação mais longos”.

Observando-se os quatro grandes grupos investigados, o levantamento aponta expansão de 13,5% em relação ao ano anterior nas obras de infraestrutura, que têm o maior peso na construção. Os maiores impactos positivos partiram de ruas, praças, calçadas ou estacionamentos (56%) e dutos (oleodutos, gasodutos, minerodutos) (42,6%).

O grupo edificações não-residenciais teve um aumento de 31,4%, impulsionado pelas obras em edificações comerciais (143,2%), plantas industriais (172,5%) e plantas para mineração (179,8%).

As obras residenciais cresceram 6,3%, principalmente edificações residenciais (13,9%). O documento destaca que esse produto é diretamente influenciado pelo crédito imobiliário. Em 2007, o valor emprestado foi 92% superior ao de 2006 e o número de unidades financiadas, 73,9% maior.

O grupo outras obras teve expansão de 6,1%, puxado por montagem de estruturas metálicas (96,6%) e instalações hidráulicas, sanitárias e de gás (16,9%).

A pesquisa revela também que o valor das obras e/ou serviços executados pelas empresas do ramo cresceu 8,6%, descontados os efeitos inflacionários. Os investimentos realizados pelo setor totalizaram, em 2007, R$ 5,1 bilhões e foram compostos principalmente pela aquisição de máquinas e equipamentos (44,2% do total investido) e meios de transporte (23,1%). Entre os materiais de construção mais consumidos no período estão: cimento, que representou 27,4% do valor dos produtos pesquisados; asfalto (20,6%); concreto usinado (20,5%), vergalhões (20,4%) e tijolos (11,1%).

Thais Leitão – Agência Brasil

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