O consumo de energia no país cresceu quase 10% no primeiro semestre do ano, impulsionado pelo bom desempenho de todos os segmentos de mercado: residencial, industrial, comercial e outros. A indústria foi o destaque na expansão do consumo. Os dados constam do relatório divulgado nesta quinta-feira (22) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Somente em junho, os brasileiros consumiram 34,5 mil gigawatts-hora (Gw/h), um crescimento de 11,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. O relatório da EPE mostra que o consumo industrial teve alta de 13,8% no acumulado de janeiro a junho, devido ao aumento do consumo na Bahia, no Pará e em Mato Grosso do Sul. Em relação a junho de 2009, o consumo industrial subiu 15,1%, mantendo o patamar dos últimos meses e também do período anterior à crise financeira internacional. O destaque do setor ficou por conta da Região Sudeste. As taxas mais expressivas de crescimento foram registradas no Espírito Santo (53%) e em Minas Gerais (20%), beneficiados pela melhora dos setores extrativo e metalúrgico, que formam a base econômica dos dois estados.

“Da mesma forma que esses estados foram os que mais reduziram o consumo no momento da crise, são os que têm apresentado recuperação mais intensa, puxando o resultado regional”, diz o relatório da EPE.

Segundo o estudo, o consumo residencial seguiu em forte expansão em junho, com crescimento de 9,5% sobre o mesmo mês de 2009. O número de novas ligações em um ano chegou a 2 milhões de consumidores, média de 166 mil por mês. O consumo médio individual cresceu 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os destaques foram as regiões Norte e Nordeste.

“No semestre, a expansão dessas regiões foi igualmente robusta e acima da média nacional, refletindo não apenas questões relativas à temperatura e à sensação térmica, mas também, o sucesso de programas sociais como o Programa Luz para Todos – que aumentou o número de consumidores – e a abrangência do Bolsa Família”, salientou o documento.

O consumo comercial também apresentou uma trajetória ascendente, mesmo no período mais agudo da crise financeira internacional, em 2009, e ao longo de 2010. A alta em relação a junho do ano passado foi de 7,8%. Segundo o relatório, as regiões Norte e Nordeste foram as que mais cresceram, com 15,4% e 13,8%, respectivamente.

“O aquecimento do comércio nestas regiões é fruto do aumento dos níveis de renda da população e vem se traduzindo em ampliação e construção de shoppings e instalação de grandes lojas da rede varejista”, explicou o relatório da EPE.

Cristiane Ribeiro / Agência Brasil
Edição: Vinicius Doria

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