Crise aumenta desigualdade nos EUA e destrói o sonho americano
No ranking de distribuição de renda da OCDE, EUA ocupa a 4ª pior colocação. Pelo menos 15% da população precisa de um “Bolsa Família” para não passar fome.

A crise mundial que estourou nos Estados Unidos em 2008 vem causando reflexos até mesmo na percepção que os próprios norte-americanos têm das oportunidades no país e de prosperidade entre os cidadãos. Ou seja, o sonho americano, cunhado na década de 1930 pelo historiador James Truslow Adams, está ruindo.

O termo (american dream) definia o estilo de vida e as condições de enriquecimento no país: com o governo interferindo pouco no mercado, bastava aos cidadãos trabalharem para fazer sua própria riqueza. Mas isso não é mais realidade para 64% da população, consultada pela Bloomberg, um dos principais provedores mundiais de informação para o mercado financeiro.

A crise que continua persistente nos EUA e no mundo é a causadora desse desânimo – entre a população do país – em relação ao ideal de vida americano. Essa mudança de comportamento na economia não é apenas uma percepção, mas um fato comprovado em números.

A desigualdade social no país tem aumentado e está causando preocupação em importantes personalidades norte-americanas, como o atual Nobel de Economia, Robert Shiller. No ano passado, por exemplo, mais da metade de toda riqueza produzida nos EUA ficou no bolso de 10% da população. No ranking de distribuição de renda dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os EUA estão na quarta pior colocação do mundo, atrás apenas da Turquia, México e Chile.

Anualmente, pelo menos 15% da população do país precisa do auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família brasileiro, para não passar fome. Somente em Nova York, 5 mil pessoas recebem um benefício para viverem afastadas da fome.

Enquanto isso, o país continua sendo o que mais recebe estrangeiros em busca desse ideal de vida que, de acordo com os próprios habitantes, não existe mais. De 1990 para cá, pelo menos 23 milhões de imigrantes chegaram aos EUA à procura de uma vida melhor: uma média de 1 milhão por ano.

Com informações do Estado de S. Paulo.

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