Maioria dos desempregados são jovens graduados que estão saindo dos seus países de origem em busca de trabalho.

A crise que afeta a Europa desde 2008 está provocando a maior onda migratória na região em 50 anos. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o número de desempregados no continente já chega a 10 milhões de pessoas, na comparação com 2007. A maioria são jovens com formação superior. Eles reclamam que não há emprego, quando surge é temporário e os salários não são compatíveis com a graduação.

Um dos destinos mais procurados é a Alemanha, onde a taxa de desemprego entre jovens é de 5%, contra os 57% na Espanha. Estimativas apontam que pelo menos 1 milhão de pessoas já deixaram seus países de origem em busca de novos destinos e oportunidades. A debandada é tão intensa que o inglês deixou de ser o idioma mais procurado após 30 anos e deu lugar à língua germânica. Outros países que estão recebendo esses imigrantes são Angola, Suíça, Brasil e demais países da América Latina. O Reino Unido, também muito procurado, já começou a limitar a entrada de imigrantes e lançou uma campanha para mostrar que lá não é um lugar agradável de se viver: não faz sol, chove muito e o frio é intenso.

Na Espanha, 400 mil pessoas já deixaram o país, de acordo com dados do Escritório de Migração da Espanha. Em Portugal, o governo afirma que a população já encolheu 2% com a onda migratória. Pelo menos 240 mil portugueses saíram do país nos últimos dois anos. A Angola, um dos principais destinos, já tem mais portugueses do que quando o país africano era uma colônia portuguesa.

Na Irlanda, o governo já registra o maior fluxo de migração desde a grande fome que atingiu a ilha entre 1845 e 1850. Mais de 100 mil pessoas deixaram o país e, em 2012, por mês, pelo menos 3 mil irlandeses emigram em busca de emprego.

Na Grécia, Hungria e Eslováquia o movimento é parecido com os demais países do Velho Continente. E não há expectativa de paralisação desses movimentos, já que, de acordo com estimativas da União Europeia, 2013 será mais um ano de estagnação e mesmo que a economia e o emprego, aos poucos, começarem a voltar a patamares aceitáveis, retornar aos padrões de vida de outrora demandará tempo. Desse modo, a intensidade migratória na Europa deve permanecer ainda por alguns anos.

Com informações do Estado de S. Paulo.

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