Dilma: medidas de estímulo à indústria vão aumentar competitividade
Presidente Dilma Rousseff avalia como positivas as medidas de incentivo à indústria anunciadas nesta semana. Foto: Agência Brasil.

A presidente Dilma Rousseff avaliou que as medidas anunciadas nesta quarta-feira, 18, para estímulo à indústria têm o objetivo de aumentar a competitividade do setor. “Eu acho que não só é uma questão de melhorar a relação com os empresários, é uma questão de melhorar a situação de competitividade da nossa indústria”, disse, depois de se reunir com o Fórum Nacional da Indústria.

Dilma explicou que o pacote anunciado atende a uma série de demandas apresentadas a ela em maio pelos empresários, que vão desde a redução da parcela que deve ser paga inicialmente pelas empresas que desejam renegociar suas dívidas, até a ampliação da margem de preferência dos produtos nacionais para as compras públicas. No fim do mês passado, o governo já anunciou que a desoneração da folha de pagamento será permanente.

Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, essa também foi a opinião dos empresários: que terá repercussão muito positiva aos anúncios. “Todos eles saíram achando que essas medidas realmente vão ajudar a desobstruir alguns investimentos; vão dar mais competitividade. E, principalmente, o governo deixou claro que esse não foi o fim das medidas que podem ser implementadas, mas que isso é o início”, afirmou, acrescentando que grupos de trabalho discutem outras propostas com os representantes do governo.

Foi o que disse também o ministro da Fazenda, Guido Mantega: “Isso é um processo contínuo, onde você identifica questões, problemas e soluções que são implantadas. Então, não se surpreendam se houver novas [medidas]. Todo ano fazemos medidas novas, de aperfeiçoamento”, ressaltou. De acordo com o ministro, o governo deseja que a indústria esteja preparada para um novo ciclo de expansão da economia pós-crise internacional. “Para isso, ela [indústria] precisa ter todos esses ingredientes, custo mais baixo de financiamento, custo de tributação mais baixo, mão de obra qualificada”, disse.

Na opinião do presidente da CNI, medidas como a prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) são “extremamente importantes”, assim como a margem de preferência de 25% para a indústria brasileira. “Muitos setores tinham uma margem de preferência de apenas 8%, o que não dava condições de competir com indústrias da China e outros países da Ásia”, exemplificou. Segundo ele, Dilma também apresentou a possibilidade de serem feitas análises técnicas por alguns setores, com o objetivo de comparar produtos importados com os brasileiros.

Dilma ressaltou ainda que as medidas não foram tomadas com fins eleitoreiros. “Se for assim, tudo é eleitoral neste país. A lei é clara, não se toma certas medidas após determinado prazo. Nós estamos perfeitamente no uso da legalidade neste país. O que temos de discutir é o seguinte: isso é necessário ou não é necessário para as empresas e indústrias? É cabível? Se não for cabível, está errado”, disse.

Agência Brasil.

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