Os dados de setembro da indústria surpreenderam positivamente os analistas, mas não foram suficientes para afastar o temor de uma desaceleração econômica já no próximo ano. Depois de afetar o crédito e a taxa de câmbio, a crise financeira terá como próxima vítima no País a produção industrial, na visão do professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Manuel Enriquez Garcia. O acadêmico alerta para a alta da inflação – que diminuirá o poder de compra dos brasileiros – e para o aumento do desemprego. Ele ressalta, porém, que as mudanças ocorrerão de maneira gradual e em níveis administráveis. “Nada traumático como está acontecendo nos Estados Unidos e na Europa”, diz.

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira, a produção industrial acumula alta de 6,5% no ano e de 6,8% nos últimos 12 meses, até setembro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a atividade cresceu 9,8%. Garcia classificou os dados como “espetaculares” e destacou o bom desempenho do setor de bens de capital (máquinas utilizadas para produzir outros bens), que sinaliza investimentos na capacidade produtiva. A categoria acumula crescimento de 18,9% no ano e de 20,1% em 12 meses.

Com informações Estadao.com.br

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