As rodovias serão uma das beneficiadas com os aportes financeiros planejados até 2016, segundo o estudo do BNDES.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) divulgou o estudo “Perspectivas do Investimento”, em que mostra o crescimento da aplicação de recursos públicos em várias áreas estruturais do país entre 2013 e 2016. A alta nos investimentos em energia elétrica, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e saneamento, por exemplo, deve ser de 6,4%, em média, de acordo com o estudo. Isso significa uma injeção de R$ 489 bilhões em quatro anos.

Para realizar a análise, o BNDES se baseia nos projetos em tramitação no banco, nos anunciados pelo mercado, pelas projeções setoriais e consulta das empresas. São mapeados 66% dos investimentos industriais e 100% na infraestrutura, o que representa 58% da economia. Investimentos imobiliários e financeiros, por exemplo, não fazem parte do estudo.

Assim, levando em consideração todos os setores analisados pelo BNDES para a pesquisa, a taxa média de alta nos investimentos deve ser de 5,2% ao ano, num total de R$ 2,4 trilhões.

De acordo com a chefe do departamento de pesquisa e acompanhamento econômico do BNDES, Ana Claudia Alem, as melhorias na infraestrutura poderão impulsionar o crescimento industrial, embora a estimativa de avanço na indústria seja a menor entre as áreas pesquisadas, de 4,1%.

“Temos o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], o programa de investimentos em logística, a Copa do Mundo e a Olimpíada, que, por si só, garantem os investimentos em infraestrutura”, diz Ana Claudia.

Para o professor Luis Braido, da Escola de Economia da FGV (Fundação Getulio Vargas), as estimativas do banco são otimistas: “É difícil fazer investimentos de tamanha grandeza quando se tem um sistema com entraves jurídicos, ambientais e de corrupção”, acredita. Apesar disso, segundo o professor, se o governo, de fato, realizar os projetos e impulsionar a indústria a fazer o mesmo, o país só tem a ganhar. “Até agora houve só redução e isenção de impostos, cujos reflexos são temporários.”

Com informações da Folha de S. Paulo.

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