O governo vai prorrogar até o fim do ano que vem o Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Criado em 2009 por conta da crise internacional e implementado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o projeto tem por objetivo estimular os investimentos da indústria. Através do programa serão injetados R$ 100 bilhões na economia: R$ 85 bilhões pelo BNDES e outros R$ 15 bilhões através dos bancos privados e públicos.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 5, pelo ministro Guido Mantega, que também apresentou a medida que vai reduzir a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 5,5% para 5% ao ano no primeiro trimestre de 2013. “Isso reduz o custo de capital para quem já tomou empréstimo e também os futuros financiamentos”, explicou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

Com as medidas, o objetivo do governo é que os investimentos avancem pelo menos 8% no ano que vem, para que o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) chegue a 4%.

“A liberação [dos financiamentos] será mais rápida. Haverá menos burocracia e estamos incluindo também a possibilidade de financiamento de ‘leasing'”, declarou Mantega. “Queremos continuar estimulando os investimentos no Brasil”, acrescentou.

De acordo com Armando Castelar  Pinheiro, coordenador de economia aplicada do Ibre/FGV, “é óbvio que emprestar dinheiro barato gera algum efeito. Mas se fosse uma fórmula mais poderosa, o investimento já teria deslanchado”, diz.

Para o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Júlio Sérgio Gomes de Almeida, apesar do incentivo de juro ser positivo, ele não é o mais eficaz para estimular o investimento. “O investimento está baixo não é porque falta um bom financiamento, e sim porque os empresários estão receosos com o futuro, seja pela situação internacional complicada, seja pela situação aqui dentro.”

Com informações do portal G1 e do Estado de S. Paulo.