Para indústria, redução na jornada vai aumentar os custos de produção.

O governo federal já está discutindo a possibilidade de reduzir a atual jornada de trabalho de 44 para 40 horas por semana. A medida, que encontra grande apoio e está na pauta sindical há anos, é justificada pelo fato de, segundo o governo, o brasileiro já estar trabalhando menos. A proposta pode entrar em vigor até o fim do governo Dilma.

Autoridades do governo já disseram à imprensa que “o brasileiro já está trabalhando menos, então uma mudança constitucional não provocaria a polêmica que causaria alguns anos atrás”. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a setembro deste ano, 51,5 milhões de trabalhadores formais cumpriram jornada de 40,4 horas semanais, em média.

Para o diretor de relações do trabalho do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre, a redução da jornada de trabalho é consequência dos ganhos crescentes de produtividade que permitiram acordos coletivos em diversas categorias para reduzirem a jornada.

Mas a proposta encontra resistência entre os empresários, especialmente do setor industrial. Segundo eles, a mudança aumentaria os custos de produção porque seria necessário contratar mais funcionários no caso de uma possível redução na jornada. A construção civil também teria problemas em se adaptar às novas normas, já que nem mesmo a jornada de 44 horas semanais é respeitada e os trabalhadores deste setor costumam cumprir horários ainda mais longos.

Para o secretário executivo do Ministério do Trabalho, Marcelo Aguiar, o desafio é manter o ritmo de crescimento mesmo com tais alterações na lei. “Vivemos um período onde a taxa de desemprego despencou, ao mesmo tempo em que o rendimento tem aumentado em todas as categorias, e a jornada tem caído. O desafio, agora, é manter toda essa engrenagem funcionando”, acredita.

Com informações do Estado de S. Paulo.

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