Mais que um simples ataque à saúde das pessoas, a Influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína vem causando temor no mercado tornando ainda mais grave o estado enfermo em que se encontra o atual período vivido pela economia mundial. Nestes últimos dias, tem debilitado as bolsas européias e asiáticas da mesma forma como debilita as atividades dos cidadãos mexicanos.

O Banco Mundial (BIRD) já no último ano havia estimado que o risco de uma pandemia de gripe no mercado mundial poderia custar em torno de U$$ 3 trilhões e reduziria o PIB mundial em 5%. Impossível acreditar que algo assim não possa interferir na retomada da estruturação econômica mundial.

O que tem deixado a OMS em estado de alerta é a extensão geográfica dos diferentes casos descobertos, fazendo com que a gripe suína represente o maior risco de pandemia desde o ressurgimento da gripe aviária.

Analisando as conseqüências econômicas da descoberta de pessoas infectadas com o vírus H1N1, o México, por se tratar do país onde foram detectados os primeiros casos e maior índice de contaminação, é o mais afetado, sofrendo quedas como na capital mexicana em torno de 35% em suas atividades econômicas e a possibilidade de 50 mil postos de trabalho serem fechados nos próximos meses, atingindo principalmente pequenas e médias empresas que ficaram sem liquidez durante o período de contingência em função da gripe.

Além dos setores ligados ao turismo, que receberão ajudas específicas estaduais, estão sendo tomadas também medidas como descontos de 50% nas taxas para companhias aéreas e marítimas, além da queixa do governo mexicano junto à OMC em relação aos países que restringiram a importação de carne suína, questionando os motivos da restrição, sendo que a OMS já fez declaração de que não existe risco de contágio através do consumo da carne. Entre os países que fizeram restrições destacam-se Equador, Bolívia e Honduras, na América Latina, além de Rússia e China devido a sua grande população e representatividade no destino da produção.

Importante observar que os Russos já enviaram alertas ao Brasil, sendo aqui o maior comprador de produtos suínos solicitando detalhamentos sobre a atual situação sanitária da produção brasileira. Mas segundo o presidente Lula, mesmo admitindo a gravidade da gripe suína e seus efeitos, declarou recentemente que a doença “não é do tamanho que parecia ser” afirmando que no Brasil a doença está sendo bem monitorada quando da entrada de pessoas no país, como por exemplo, na distribuição de materiais com informações sobre os sintomas da doença, análises dos postos da ANVISA, e também à intensificação das atividades do Ministério da Saúde para garantir que a gripe não se espalhe pelo território brasileiro.

Quanto ao sistema econômico global, a OMC teme o aumento de notificações de países restringindo a importação de carne suína e também de outras medidas desfavoráveis as atividades comerciais, assim publicou comunicado afirmando que não há evidências para a proibição e importação de carne suína. Resta verificar como será administrado o impacto sofrido pelas ações das companhias aéreas, operadoras de turismo e redes hoteleiras com a possibilidade de cancelamento de viagens por causa da gripe suína e torcer para que a população mundial não precise ficar trancada em casa como fizeram os mexicanos.

Darlon Massirer
Aluno do curso de Direito da Univille

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