Intenção de investimento da indústria é a menor desde 2010
Pesquisa da CNI revela que o percentual de empresas que pretendem investir caiu de 83% em 2013 para 78,1% neste ano. Este é o pior resultado desde 2010.

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizada com 684 empresas de todos os portes revela que o percentual de industriais com intenções de investir caiu de 83% em 2013 para 78,1% neste ano. “Desde 2010, quando a pesquisa teve início, o percentual de empresas que pretendem investir nunca foi tão baixo”, informa o estudo divulgado nesta terça-feira, 28.

Para 82,9% das empresas, a capacidade produtiva atual está adequada ou mais do que adequada para atender à demanda prevista para o ano. Entre as empresas que pretendem investir, 55,8% têm planos de continuar projetos anteriores e 37,6% querem iniciar novos projetos.

Além disso, a pesquisa confirma que os investimentos da indústria brasileira são voltados especialmente ao mercado interno. Entre as empresas que pretendem investir, 79,6% têm como foco o mercado doméstico, enquanto que apenas 3,6% se concentram no mercado externo.  O percentual de empresas cujos investimentos são voltados somente ou principalmente para o mercado externo vem caindo. Era de 5,1% em 2010.

Isso é resultado da perda de competitividade da indústria brasileira, com a elevação de custos e as dificuldades logísticas, explica Castelo Branco.  “Reduzir os custos de produção e melhorar a produtividade das empresas são cruciais para o aumento da competitividade brasileira”, completa o economista.

No ano passado, 79,7% das empresas investiram. Esse número é muito próximo dos 78,7% registrados em 2012 e praticamente 10 pontos percentuais inferior aos 89,6% de 2010. “Em média, 62,9% dos investimentos de 2013 foram financiados com recursos próprios”, diz a pesquisa.

Os empresários dizem que o principal risco para os investimentos em 2014 é a incerteza econômica (60,9% das assinalações). Em seguida, com 38,5% das respostas, vem a reavaliação da demanda ou a elevada ociosidade e, em terceiro lugar, com 29,2%, aparece o custo do financiamento.

“A economia brasileira nos últimos anos tem crescido pouco e isso acaba produzindo um ambiente de maior incerteza sobre a demanda e a rentabilidade dos projetos de investimentos”, diz Castelo Branco.

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