Apesar do crescimento “acima da tendência” de 1,5% no segundo trimestre deste ano, os economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estão trabalhando com a probabilidade de acomodação para o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) no segundo semestre do ano. “Isso significa alguma variação pequena na margem em relação ao segundo trimestre. Pode até, eventualmente, ser um pouco positiva ou negativa, mas o cenário é de acomodação, depois do salto que teve no segundo trimestre”, disse o coordenador do Grupo de Conjuntura (Gecon) do Ipea, Fernando Ribeiro.

As informações fazem parte da Carta de Conjuntura número 20, divulgada na quinta-feira, 26, no Rio de Janeiro, pelo órgão, vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.

Embora o instituto não faça projeções, Ribeiro diz que mesmo que o PIB tenha variação zero no segundo semestre, o crescimento anual vai ser 2,5% levando em conta o crescimento no primeiro e no segundo trimestre. “A gente [Ipea] não projeta um crescimento de 2,5%, mas acredita que o crescimento não vai ser muito distante desse patamar”.

Sobre a inflação, a expectativa é que se mantenha ainda um tempo pressionada, porque a análise da variação em 12 meses sinaliza que a taxa ainda estará mais próxima do teto da meta estabelecida pelo governo (6,5%). Ribeiro disse que mesmo que os alimentos estejam favorecendo, com deflação ou inflação bem menor do que estava anteriormente, eventuais impactos da desvalorização do real sobre a inflação e a possibilidade de algum reajuste dos combustíveis poderão empurrar a taxa para cima.

“Na verdade, a inflação deve permanecer ainda algum tempo próxima desse patamar (em torno de 6%) e aí, no ano que vem, a depender do que vai acontecer com os preços dos alimentos, ela pode começar a ceder, gradativamente”, defende Ribeiro.

Agência Brasil.

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