O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, não acredita na possibilidade de que o país feche 2009 em recessão, apesar da queda brusca no Produto Interno Bruto (PIB), no último trimestre do ano passado e da crise financeira internacional.

Para o economista, há um grupo do instituto trabalhando nas projeções para este ano e deverá ter uma posição mais precisa até o fim do mês quanto às projeções para 2009.

“Nós continuamos trabalhando com a perspectiva de crescimento. Agora, o tamanho deste crescimento é que nós não temos ainda uma condição de avaliar. O diferencial brasileiro é exatamente este: que a discussão se dê em torno exatamente do tamanho do crescimento e não sobre a possibilidade de recessão como no resto do mundo”, disse.

Para o presidente do Ipea, a situação vivida pela economia brasileira neste primeiro trimestre do ano diferencia em muito do que ocorreu no último trimestre do ano passado, “que não apenas sofreu os efeitos da crise, mas também do ajuste dos estoques por parte das empresas e do impacto tardio da elevação dos juros no primeiro semestre do ano passado”.

Segundo Pochmann, embora neste início do ano ainda haja o efeito da crise, há também reações em termos de política econômica para fazer com que a crise não se manifeste de forma intensa na economia do país.

O economista avaliou positivamente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em 1,5 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic). Para o presidente do Ipea, o comportamento dos juros, seguindo a trajetória de queda, tende a evitar uma piora nas expectativas da economia em geral, “porque nos permite compreender que há uma convergência das ações governamentais para evitar o agravamento da crise no Brasil”.

Agência Brasil / Nielmar de Oliveira

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