Na manhã desta segunda-feira, cerca de 4 mil funcionários participaram da paralisação, em frente aos portões da GM. Foto: Rosevelt Cássio/SindMetalSJC
Na manhã desta segunda-feira, cerca de 4 mil funcionários participaram da paralisação, em frente aos portões da GM. Foto: Rosevelt Cássio/SindMetalSJC

Por volta de 5,2 mil metalúrgicos da montadora General Motors (GM) de São José dos Campos estão em greve por tempo indeterminado a partir da manhã desta segunda-feira, 10. A paralisação, decidida em assembleia do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, no início da manhã, acontece por conta do anúncio de cerca de 250 demissões, de acordo com a entidade, no sábado, 8. A GM, contudo, não confirmou o número exato.

Todas as portarias já estavam bloqueadas antes mesmo da greve ser aprovada pelo sindicato. A estimativa é de que quatro mil trabalhadores estejam participando do ato em frente aos portões da fábrica. Há um mês, na sede de São Caetano do Sul, a GM já havia demitido cerca de 500 operários.

Retornariam ao trabalho nesta segunda 750 funcionários da fábrica que estavam com o contrato de trabalho suspenso desde março deste ano. Na época, esses metalúrgicos foram postos em lay-off por conta de mobilizações do sindicato, pois a ideia inicial, anunciada pela GM em fevereiro, seria de demiti-los. Em vez de voltarem ao trabalho nesta semana, eles aderiram a greve.

Em nota, o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, afirma que os trabalhadores não vão pagar pela crise criada pelo governo. “A saída para a classe trabalhadora é a luta e a greve iniciada hoje mostra que os metalúrgicos estão dispostos a lutar”, assegurou.

Mercedes

Na sexta-feira, 7, a Mercedes-Benz informou que iniciará demissões na fábrica de São Bernardo do Campo a partir do dia 1º de Setembro. A decisão veio depois do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC rejeitar a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), do governo Federal, que reduziria salários dos trabalhadores, mas diminuiria o impacto para a companhia.

Sérgio Nobre, diretor do Sindicato do ABC e secretário-geral da Central Única de Trabalhadores (CUT), atestou que, o que resta, é ir à luta e fazer greve, caso a Mercedes siga em frente com o planejamento. A montadora, que emprega 10 mil funcionários, afirma que tem 2 mil postos de trabalho excedentes, mas explicou que o número de cortes vai depender da adesão ao programa de demissão voluntária que se encerra até a próxima sexta-feira, dia 14.

Com informações do Valor Econômico, O Estado de S. Paulo e da Reuters.

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