Dilma e Angela Merkel
Angela Merkel chegou na quarta-feira no Brasil e trouxe dois terços de sua equipe para discutir parcerias bilaterais. Foto: Lula Marques/Agência PT

Começou na quarta-feira, 19, a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, ao Brasil. De acordo com Oswaldo Biato Junior, diretor do Departamento da Europa do Ministério das Relações Exteriores, a chefe de Estado veio com grande delegação, equivalente a quase dois terços do seu governo. “Eles terão encontros com seus pares brasileiros para discutir, em detalhes e grande pormenor, todas as possibilidades de cooperação”, explicou.

Existem cerca de 1.600 empresas alemãs instaladas em território brasileiro. A Alemanha é o principal parceiro comercial do Brasil na Europa, com um fluxo anual de por volta de R$ 20 bilhões.

Menor dependência das terras-raras da China

A visita de Merkel tem como objetivo oficial um fortalecimento das relações bilaterais com o país. O país europeu, como parceiro comercial, fica atrás apenas da Argentina, dos Estados Unidos e da China. Mas além de aumentar sua importância, analistas avaliam a aproximação como uma redução da dependência da China em relação ao fornecimento de matérias-primas estratégicas para as indústrias de alta tecnologia alemãs.

Segundo matéria do Valor Econômico, hoje em dia, a China provê mais de 90% de todas as chamadas “terras-raras” (os elementos químicos encontrados nas matérias-primas usadas na indústria tecnológicas) no mundo. As exportações globais destes materiais deverá movimentar US$ 8 bilhões até 2018. Esse tipo de elemento é considerado um potencial pouco explorado no Brasil

A presidente Dilma e Angela Merkel devem lançar ainda nesta quinta-feira, 20, um mecanismo de pesquisa de alto nível entre os países e um acordo que permitirá futuramente a identificação mais eficiente de oportunidades de investimentos na exploração de jazidas minerais. A princípio, o foco maior da parceria neste setor será o de pesquisa.

Clima

Um dos pontos altos da visita será a Conferência Florestas, Clima e Biodiversidade, em Brasília, com a participação de Izabella Teixeira e de Barbara Hendricks, as ministras brasileira e alemã do Meio-Ambiente. O evento, além de celebrar acordos de cooperação entre os dois países, terá a consolidação dos acordos de € 54 milhões entre os dois países para garantir o aporte financeiro no Fundo Amazônia.

Ambos os países são lideranças no tema das mudanças climáticas desde a década de 1990. O desafio agora é assegurar uma transição sustentável para economias de baixo carbono, além de fomentar a proteção do bioma, o investimento em energias renováveis e a redução do efeito estufa e do desmatamento.

A visita de Angela Merkel vai até a sexta-feira, 21. Até lá, serão assinados cerca de 15 atos em reuniões simultâneas entre ministros brasileiros e alemães. Nestes documentos, devem ser firmadas decisões em setores como tecnologia, defesa, saúde e educação.

Com informações do jornal O Globo, do Valor Econômico e da revista Época.

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