O segundo dia da Expogestão foi marcado por temáticas sobre mudanças em paradigmas antigos da economia. Além da feira de negócios estar mais cheia que no dia de abertura, as palestras também foram concorridas. A partir das 14h, no auditório principal, a Monja Coen Sensei, presidente da comunidade budista Soto Zenshu da América do Sul deu a palestra: Mente e emoções controladas, resultados ilimitados.

Ex-repórter do jornal da tarde e ex-funcionária do Banco do Brasil em Los Angeles nos anos 1970, ela se converteu ao budismo na década de 1980 e acabou fundando o próprio templo no Brasil. A palestrante começou a fala fazendo os 2 mil participantes meditarem, silenciando o salão por alguns minutos e, ao final, depois de destacar temáticas como corrupção, ética e autoconhecimento, foi aplaudida de pé durante quase um minuto.

Em entrevista, a monja ressaltou que o segredo que a faz tão requisitada para eventos de negócios corporativos é o ato de falar “de ser humano para ser humano” e que não se baseia em nada de novo em suas falas, pois acredita ser natural da maioria das pessoas o bem coletivo.

Segundo ela, as empresas estão descobrindo que apenas o lucro financeiro é insuficiente para se manter, enquanto aquelas que trabalham com lucro social e ambiental estão vivas. Quanto às novas gerações, ela ressaltou “nós estamos fazendo uma educação ambiental muito forte e se a empresa não entrar nessa, ela está fora do mercado”.

Quando questionada sobre como manter a ética quando o mundo corporativo obriga uma empresa a passar na frente das outras, ela, surpresa, explicou que a competitividade é natural e estimulante, mas não podemos tomar qualquer decisão em detrimento do bem estar alheio. “Não tem nada errado em passar na frente do outro, apenas não puxe o tapete do outro.”, brincou.