Considerando um planejamento empresarial, a análise do ambiente é o processo de identificação de oportunidades, ameaças, forças e fraquezas que afetam a empresa. Oportunidades são situações externas, atuais ou futuras que, se bem aproveitadas, podem influenciá-la positivamente. Ameaças são situações externas, atuais ou futuras que, se não eliminadas e/ou minimizadas, podem afetá-la negativamente. Forças são potencialidades tangíveis ou não, que podem ser aproveitadas para otimizar seu desempenho. Fraquezas são características da empresa, que devem ser minimizadas para evitar influência negativa sobre seu desempenho.

A grande questão é que as oportunidades estão se transformando em ameaças e as forças se transformando em fraquezas com uma velocidade jamais vista pela sociedade.

Vivemos num mundo de transformações constantes e a adaptação a essas mudanças são fundamentais para garantir a perenidade da sua empresa. Em minha dissertação de mestrado concluí, com muito pesar, que mudança é muito legal, muito atraente, quando acontece de forma confortável, o que é muito difícil. Geralmente ela é arriscada, dolorosa, cansativa, requer esforço e muito trabalho: aí está a razão de tanta resistência. Mesmo tendo a certeza de que mudanças são inevitáveis, tentamos adiá-las o máximo possível. Portanto, em uma empresa que quer ser líder de mudanças, todos deverão entender que a mesma é uma oportunidade de torná-las mais eficazes.

Peter Druker ensina que para ser um líder de mudanças é preciso disposição e capacidade para mudar aquilo que está sendo feito, bem como fazer coisas novas e diferentes. Contudo é necessário adotar algumas políticas:

* Abandono do ontem: Liberar recursos, deixando de comprometê-los com a manutenção do que não mais contribui para o desempenho e não produz resultado.

* Aperfeiçoamento organizado: fazer o que tiver de fazer interna ou externamente perfeitamente, o aperfeiçoamento dos processos deve ser sistemático e contínuo.

* Exploração do sucesso: A empresa líder de mudança precisa focar as oportunidades, criar “quebra molas” para os problemas, pistas livres para as oportunidades.

* Inovação sistemática: É ter mentalidade de inovação, a cultura de inovação produz a mentalidade para adaptação às mudanças.

* Políticas contábeis e orçamentárias adequadas: Na maior parte das empresas existe somente um orçamento, ajustado ao ciclo dos negócios. Isso garante a perda do futuro. O líder de mudanças deve ter um orçamento separado para o futuro.

* Continuidade e Criação de Futuro: As pessoas têm que saber onde estão e o que podem esperar da empresa. Deve haver um equilíbrio contínuo entre mudança e continuidade, criar o futuro é altamente arriscado, mas não tentar criá-lo pode comprometer muito mais.

Desenvolver uma cultura organizacional voltada para mudanças e melhorias continuadas de processos será um fator determinante para o sucesso, e uma empresa que quer ser líder de mudança deve possuir colaboradores que sejam agentes de mudança, pessoas que têm coragem de se arriscar, se dedicar, se comprometer, abandonar o ontem e pensar no amanhã.

* Este artigo foi publicado originalmente no site do Cofecon.

** Sebastião Demuner é Conselheiro federal, professor universitário e presidente do Sindicato dos Economistas do Espírito Santo.

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