A União Nacional dos Acionistas Minoritários do Banco do Brasil (UnamiBB) acompanha com atenção a mudança na presidência do BB, uma vez que qualquer alteração no cenário provoca oscilações no mercado acionário. A afirmação é do presidente da entidade, Altair de Castro Pereira, que considera a alternância de poder um “fato normal”.

Ele disse, no entanto, que pretende aguardar os acontecimentos e discutir a questão em assembléia geral do banco, prevista para o próximo dia 23. “Só teremos uma noção precisa da mudança lá para meados da semana que vem”, afirmou

Altair de Castro destacou, porém, que “talvez a razão [da mudança] seja a fragilização do BB” num cenário em que “o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social [BNDES] ganha dimensão em relação ao Banco do Brasil, na contratação de empréstimos.”

Segundo ele, “existe pressão do governo para que o BNDES crie representação em Londres”; e se pergunta: “A troco de quê, se o Banco do Brasil já atua tradicionalmente em mais de 20 países e a Caixa Econômica Federal também está presente nos países mais ricos”?

Como banco de fomento, com ações voltadas para o desenvolvimento nacional, como está em sua própria origem e no nome, o BNDES passou, de uns tempos para cá, a socorrer países vizinhos e se prepara “para atravessar o Atlântico”, alertou Altair de Castro. Então, “parece que o governo quer a fragilização do BB”, repetiu.

Quanto à oscilação negativa das ações do BB na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – com desvalorização de 7,20% logo depois do meio-dia e melhora para menos 5,88% às 14h – o presidente da UnamiBB disse que “o mercado é assim mesmo, muito sensível; é jogo de risco”.

Para ele, o que assusta é a volatilidade (incerteza) do mercado como um todo, que pode provocar impacto nos acionistas minoritários, que detêm 30% do capital do BB: 12% em nome de estrangeiros, 10% de propriedade da Caixa de Previdência dos Funcionários do BB (Previ) e 8% de ações pulverizadas entre pequenos investidores nacionais. O Tesouro Nacional é dono de 70%.

Maior acionista individual dente os minoritários, a Previ não quis se pronunciar sobre expectativas com a mudança na diretoria do BB.

Agência Brasil / Stênio Ribeiro

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