A crise financeira internacional vai acelerar mudanças importantes e revelar uma nova dinâmica na economia mundial, com a substituição da predominância de economias tradicionais, como a norte-americana ou inglesa, por novas economias. Nesse cenário, o Brasil e os demais países que integram o chamado grupo do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) terão um papel decisivo a desempenhar.

“Estaremos diante de uma nova dinâmica na economia mundial, com uma nova correlação de forças”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao participar da abertura do 21º Fórum Nacional, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no início da semana. Mantega avaliou que haverá o enfraquecimento das moedas hoje dominantes, que são o dólar, o euro, a libra e o iene, e o fortalecimento das moedas dos quatro países do Bric, que teriam um papel crescente e mais importante no futuro.

Ele afirmou que os quatro novos protagonistas dividiriam a hegemonia da economia internacional com os países que hoje a detêm. Será uma mudança de cenário, previu. “Não é mais uma economia dominada por um ou dois países. Porém, os países emergentes passarão a compartilhar a dinâmica econômica. E talvez, até, mantenham a dianteira em termos de desenvolvimento”, disse o ministro.

Mantega disse que os países que têm chances de serem protagonistas nesse novo ciclo, que está colocado a partir da crise, são aqueles que combinam um mercado interno potencial forte, que pode crescer; países que possuem reservas naturais abundantes, com destaque para energia, gás e petróleo, como o Brasil; e países com abundância de alimentos e uma indústria moderna, indicou o ministro.

“Eu acredito que nós estejamos diante de uma oportunidade de o Brasil se tornar um protagonista. Aproveitar essa crise e essa oportunidade e se recuperar mais rapidamente do que outros países, juntamente com a China. E participar desse novo ciclo de desenvolvimento internacional, a partir de uma posição mais forte”.

A expectativa do ministro é que a economia brasileira já irá experimentar, no último trimestre deste ano, um crescimento de 3% a 4% em relação ao ano anterior, chegando em 2010 a uma expansão de até 5%, acompanhando o desenvolvimento da economia da China e da Índia.

Agência Brasil / Alana Gandra

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