Para economista, desonerações não vão ajudar no controle da inflação. Copom está preocupado e elevou projeções.

Desonerações não ajudam a conter a inflação no longo prazo e só empurram o problema para mais tarde. É o que acredita o economista e professor da USP, Márcio Nakane, ex-coordenador do IPC-Fipe, um dos índices mais importantes sobre a inflação no país. Em entrevista ao Estado de São Paulo, Nakane afirmou que a única forma de conter os altos índices inflacionários é o reajuste da Selic. “O remédio número um é elevar a taxa básica de juros. Que fique claro: é o que o governo deveria fazer no mundo ideal. Mas no Brasil, hoje, estamos um pouco distantes desse mundo em razão das escolhas do governo para conduzir a política econômica”, afirmou Nakane.

Do outro lado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, avaliou na ata desta quinta-feira, 14, que é necessário cautela na condução da política econômica por conta do que chamou de “incertezas remanescentes – de origem externa e interna – [que] cercam o cenário prospectivo”.

Em fevereiro, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 6,31%. O centro da meta é 4,5%, mas ela pode oscilar dois pontos para cima, chegando a 6,5%. Apesar de estar dentro dos patamares aceitáveis, segundo os economistas, a situação é desconfortável. O Copom também considera essa condição preocupante e disse que a situação inflacionária atual pode “não representar um fenômeno temporário, mas uma eventual acomodação da inflação em patamar mais elevado”.

Para Nakame, o que preocupa é o fato de o governo estabelecer uma taxa básica de juros baixa como bandeira, deixando a inflação para segundo plano. “A política monetária não é mais algo puramente da alçada do Banco Central”, acredita o economista.

Apesar disso, o Copom já sinalizou que pode, sim, haver aumento da Selic nas próximas reuniões do Conselho, embora já projete uma inflação acima do centro da meta neste ano e também tenha aumentado a previsão inflacionária para 2014, novamente acima do centro da meta.

Com informações do Estado de S. Paulo e do portal G1.

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