Micro e pequenas empresas não serão prejudicadas com o aumento da taxa básica de juros, a Selic. “A taxa de juro real continua bastante baixa no Brasil. Só que nós tivemos um ciclo inflacionário que foi repassado à taxa de juros e será retirado à medida que a inflação mostrar decréscimo como está acontecendo agora”, afirmou o ministro responsável pelo setor, Guilherme Afif Domingos ao jornal O Estado de S. Paulo. Para ele, não houve alta real dos juros, mas somente “uma correção da inflação”. Portanto, as dificuldades dos micro e pequenos empresários para ter acesso aos recursos são a burocracia e necessidade de garantia.

Para o ministro, para ajudar as micro e pequenas empresas é necessário tomar algumas atitudes além do cuidado com os juros. Segundo Afif, a pasta comandada por ele já está estudando formas de permitir que uma empresa S/A entre no regime simplificado de tributos e também para adequar a situação das empresas que ultrapassam o teto do Simples, de R$ 3,6 milhões, sendo, assim, prejudicadas por mudanças tributárias. “O que precisamos é simplificar o Simples. E eu advogo a ideia de que o tratamento tem que ser pelo porte da empresa e não pelo ramo que ela está. É um ponto fundamental que atinge não só a parte fiscal, mas também a burocrática”, disse.

Afif defendeu a desoneração para as micro e pequenas empresas e afirmou que a declaração do ministro Guido Mantega sobre não haver mais espaço para desonerações não levava em consideração o setor. “As desonerações que foram feitas sempre foram para as empresas de grande porte e agora nós queremos gerar emprego, gerar desenvolvimento, então tem que tirar carga das costas dos pequenos”, disse.

Com informações do Estado de S. Paulo.