PIB

Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 3,8% em relação a 2014, confirmando as estimativas negativas. Esse é o pior resultado da série histórica atual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1996. Na comparação com a série anterior, é a pior queda desde 1990, quando o recuo foi de 4,6%.

Em valores, o resultado do Produto Interno Bruto brasileiro foi de R$ 5,9 trilhões, com o PIB per capita chegando a R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6%, em volume, em relação ao ano anterior.

Nesse contexto, o único setor que apresentou crescimento foi a agropecuária, com alta de 1,8%, que, ainda assim, é o pior resultado desde 2012, quando houve retração de 3,1%. Por outro lado, a indústria e os serviços caíram 6,2% e 2,7%, respectivamente.

O resultado negativo da indústria foi puxado principalmente pelo recuo de 7,6% na construção, além da queda de 9,7% na indústria de transformação, influenciada pela redução, em volume, do valor adicionado da indústria automotiva (incluindo peças e acessórios) e da fabricação de máquinas e equipamentos, aparelhos eletroeletrônicos e equipamentos de informática, alimentos e bebidas, artigos têxteis e do vestuário e produtos de metal.

O destaque positivo da indústria foi o desempenho da extrativa mineral, que acumulou crescimento de 4,9% no ano, impulsionado tanto pelo aumento da extração de petróleo e gás natural quanto pelo crescimento da extração de minérios ferrosos.

Entre as atividades que compõem os serviços, o comércio sofreu queda de 8,9%, seguido por transporte, armazenagem e correio, que recuou 6,5%, outros serviços (-2,8%) e serviços de informação (-0,3%). A atividade de administração, saúde e educação pública ficou estável, enquanto que intermediação financeira e seguros e atividades imobiliárias apresentaram variações positivas de, respectivamente, 0,2% e 0,3%.

PIB do Brasil foi o pior entre as dez maiores economias

No grupo das dez maiores economias do mundo, o Brasil teve o pior desempenho em 2015. O segundo pior foi o da Rússia, que registrou queda de 3,7%. Os outros oito países tiveram alta, com liderança da Índia, que cresceu 7,3%. Na sequência, vem a China, com 6,9%, México (2,5%), Estados Unidos (2,4%), Reino Unido (1,9%), Alemanha (1,7%), África do Sul (1,3%) e França (1,1%).

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