O presidente do Paraguai, Federico Franco, disse que seu país não continuará “cedendo” energia ao Brasil nem à Argentina. A declaração foi publicada no portal da Presidência paraguaia nesta quarta-feira, 8.

Mas a intenção do presidente do Paraguai em suspender a venda de energia excedente para o Brasil e a Argentina precisa ser submetida à apreciação e votação do Parlamento paraguaio. Segundo Franco, o assunto é uma questão de soberania nacional. Desde junho, o Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Franco disse que enviará até dezembro um projeto de lei recomendando a suspensão da venda de excedentes de energia para o Brasil. Uma vez enviado, o texto será submetido à apreciação dos parlamentares e, depois votado. Não há prazo para os procedimentos. Em abril de 2013, há eleições presidenciais no Paraguai. Franco não pode ser candidato à reeleição pela Constituição do país.

Paralelamente, Franco anunciou que o governo lançará uma campanha de incentivo para os empresários nacionais e estrangeiros para que invistam no país. A ideia é incrementar o setor industrial das regiões de San Pedro e Concepción.

No entanto, a ameaça de Franco de não mais “ceder” energia ao Brasil não gera transtornos para o governo, segundo o diretor-geral brasileiro da Usina Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Miguel Samek. Para ele, a usina tem regras que definem claramente as formas de compra de energia e o seu funcionamento.

A Usina Hidrelétrica de Itaipu, construída e administrada em conjunto pelo Brasil e Paraguai, tem 14 mil megawatts de potência instalada e atende a cerca de 19% da energia consumida no Brasil e a 91% do consumo paraguaio. O Tratado de Itaipu, de 1973, estabelece que cada país tem direito a usar metade da energia gerada pela usina. Como usa apenas 5% do que teria direito, o Paraguai vende o excedente ao Brasil.

Com informações da Agência Brasil

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