A entrada de Tim Cook no cargo de executivo-chefe da Apple – em substituição a Steve Jobs, que renunciou nesta quarta-feira, 24 –  foi avaliada como um bom processo de sucessão por analistas do setor. Uma prova, de acordo com especialistas, foi a demonstração de confiança na gestão de Tim Cook pelos investidores com a rápida recuperação no preço das ações da companhia, negociadas na bolsa de Nova York.

Os papéis, que chegaram a cair 5,6% na noite de ontem após o anúncio, iniciaram o dia com perdas de até 3% e, às 17h, apresentavam retração de 0,65%, sendo cotadas a US$ 373,72. “O Cook é um executivo em que o Jobs tem muita confiança e é um profissional com boa reputação dentro e fora da empresa”, observa Fernando Belfort, analista sênior da consultoria Frost & Sullivan.

A indicação de que Jobs permaneceria na empresa como presidente do conselho de administração também foi apontada como um fator que contribuiu para tranquilizar investidores. “O processo de transição tem sido calmo e bem feito”, diz Belfort.

O processo de transição, na verdade, tem sido elaborado pela Apple já há alguns anos, desde que Jobs afastou-se da companhia, em 2004, para tratar um câncer do pâncreas. Nas três vezes em que o executivo afastou-se da companhia, foi substituído por Tim Cook.

Em eventos mais recentes de lançamento de produtos, Jobs também passou a dividir o palco com outros executivos da companhia americana. Analistas do Morgan Stanley observaram que Tim Cook já foi bem sucedido à frente da Apple durante a recessão de 2009. Além de Cook, também ganharam visibilidade Scott Forstall, que comanda a equipe responsável pelo sistema operacional iPhone e outros softwares, e Jonathan Ive, vice-presidente sênior da Apple e responsável pela equipe de desenho industrial.

“Há muitos casos de empresas que são surpreendidas pela decisão do executivo de deixar a empresa. Mas no caso da Apple, o plano de sucessão parece ter sido pensado há bastante tempo”, diz Josmar Bignotto, coordenador da comissão de recursos humanos do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Bignotto diz que o anúncio de um sucessor para Jobs simultaneamente à sua renúncia como executivo-chefe traz tranquilidade aos investidores, considerando principalmente que se trata de um executivo que já atua na empresa e não dá sinais de que vá mudar a estratégia de negócios da Apple. “Substituir uma pessoa como Steve Jobs é difícil e as ações caíram, mas essa perda já está precificada pelo mercado”, diz.

Com informações do portal Folha.com

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