Salário dos trabalhadores com menos escolaridade, trabalhadores de profissões que exigem menos qualificação, foi o que mais cresceu no período.

O salário médio das pessoas com mais escolaridade (12 anos ou mais) caiu 8% de 2002 a 2011 no Brasil, passando de R$ 3.057 para R$ 2.821. O principal motivo da redução de poder aquisitivo entre os mais estudados foi o modelo de crescimento do país nos últimos anos, priorizando os setores da indústria e serviços. De acordo com o coordenador de Políticas Públicas do Insper, Naercio Menezes Filho, responsável pelas informações, “o salário caiu mais na área de humanas, porque houve um aumento no número de profissionais”. Os dados têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

A economia brasileira, que impulsionou a demanda de profissões que exigem menos qualificação e implantou ganhos reais no salário mínimo, fez com que a renda dos que possuem de zero a quatro anos de estudo crescesse 32% no período, passando de R$ 566 para R$ 745. Neste grupo estão inclusos cabeleireiros, manicures, pedreiros e jardineiros.

A classe intermediária, que compreende os profissionais com escolaridade entre cinco e oito anos tiveram alta de 21% na renda (de R$ 741 para R$ 895). Os que possuem entre nove e 11 anos de estudo, tiveram aumento salarial de 3% (de R$ 1.115 para R$ 1.147). A média geral foi de 22% de alta no período.

“O crescimento muito alto dos salários dos menos qualificados é bom para reduzir a desigualdade. Mas o ideal seria que o salário de todos os trabalhadores aumentasse e os dos menos qualificados aumentasse ainda mais”, defende Naercio.

Com informações do Estado de S. Paulo.

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