Ao fim da reunião desta quarta-feira, 4, do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a taxa básica de juros, a Selic, subiu 0,5% e atingiu 12,75%, o maior nível desde janeiro de 2009, quando estava com 13,75%.

O boletim Focus semanal do BC, que se baseia em pesquisas feitas no mercado financeiro, já projetava o aumento da taxa para 2015. No comunicado oficial feito depois da reunião, o Copom declarou que a alta da Selic é baseada no cenário macroeconômico e leva em consideração as perspectivas da alta na inflação.

A taxa é uma das ferramentas do governo para o controle da alta dos preços por desestimular o consumo, e também a principal referência para o cálculo de juros. Contudo, o efeito dificulta o crédito e os investimentos em geral, o que desestimula a economia e complica a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera o aumento da Selic ainda mais prejudicial para a atual situação da indústria no Brasil. Em comunicado, o órgão diz que o reajuste da taxa “elevará o custo dos financiamentos, desestimulará os investimentos das empresas e inibirá o consumo”, o que dificulta ainda mais a recuperação que o setor necessita.

Com informações da Agência Brasil e da Folha de São Paulo.