O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, domingo (19), que a crise financeira internacional ainda não surtiu efeitos na economia nacional. “Duvido que alguém já tenha sentido essa crise na empresa que trabalha, pelo contrário”, afirmou Lula, em comício eleitoral em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo. “Estamos com problemas no prazo de entrega de carros, com problema no prazo de entrega de caminhões”, disse em referência à atividade industrial.

Ainda segundo o presidente, nem o governo nem as principais empresas brasileiras modificaram seus planos de investimento devido aos desdobramentos da turbulência da economia dos Estados Unidos e da Europa.

“O presidente da Vale [Roger Agnelli] afirmou que não vai parar um investimento programado para o Brasil; o companheiro Gerdau [Jorge Gerdau Johannpeter], dono de grande siderúrgica, afirmou que não vai parar um projeto que tem; nós não vamos parar um único projeto do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]; e a Petrobras não vai parar um projeto dela”, afirmou.

Para Lula, só o setor de importação preocupa. Ele disse, porém, que o governo tem tomado medidas para compensar possíveis perdas para o Brasil.

“A redução das importações pode ter efeitos aqui. Por isso é que vamos continuar fomentando o crescimento do mercado interno”, disse.

Lula diz que há no país uma “torcida imbecil” para que crise afete economia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no dia 19, sábado, que exite no país uma “torcida imbecil” para que a crise financeira internacional afete a economia brasileira. Segundo ele, algumas pessoas estariam desejando que a turbulência nos mercados impactasse negativamente nos projetos de desenvolvimento do governo. “Essa é uma torcida imbecil porque se essa crise vier, ela não vai vir pra mim, vai vir para o Brasil e para o povo brasileiro”, disse em comício em São Bernardo do Campo.

O presidente afirmou que irá fortalecer o mercado interno para que o Brasil atravesse uma possível recessão e se prepare para despontar como uma potência depois desse período.

Agência Brasil / Vinicius Konchinski