O economista americano Milton Friedman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 1976, morreu nesta quinta-feira aos 94 anos, em San Francisco, no Estado da Califórnia (costa oeste dos EUA).

Ele sofreu um ataque cardíaco. Foi levado para um hospital próximo a sua casa, em San Francisco, mas não resistiu, contou sua filha Janet Martell, segundo o “The Wall Street Journal”.

Líder da conservadora Escola de Chicago de Economia, o nome de Milton Friedman é associado às teorias “monetaristas”, que consideram que a inflação pode ser controlada quase que exclusivamente pela oferta de moeda.

O economista ganhou o Nobel com seus trabalhos sobre o papel do dinheiro na inflação e o uso da política monetária, além das pesquisas a respeito de políticas de estabilização econômica.

“Os economistas (…) têm, já por um longo tempo, ignorado quase totalmente o significado do dinheiro e da política monetária na análise dos ciclos de negócios e inflação”, dizia o comunicado da Academia Real de Ciências da Suécia da época em que Friedman ganhou o prêmio.

“O debate sobre as teorias de Friedman levaram a uma revisão das políticas monetárias perseguidas pelos bancos centrais –em primeiro lugar, nos EUA. É muito raro para um economista obter tamanha influência, direta e indiretamente, não só na pesquisa como na política”, afirmava o comunicado.

Associado à polêmica frase “Não há almoço grátis”, o economista mais tarde afirmou que não a inventou, apesar de tê-la escrito em coletânea de artigos na revista “Newsweek”. “Prefiro [ficar conhecido por] uma [frase] que eu realmente inventei e que acho que é particularmente apropriada a esta cidade [Washington]: ‘Ninguém gasta melhor o dinheiro de outra pessoa como gasta o seu próprio'”, disse. “O oposto [de “Não há almoço grátis”] é “As melhores coisas da vida são grátis”, comentou Friedman.

As idéias de Friedman influenciaram diversos políticos. Nas décadas de 70 e 80, um grupo de economistas que estudaram na Universidade de Chicago –apelidados de “Chicago Boys”– ocuparam importantes cargos no governo do ditador Augusto Pinochet no Chile e ajudaram-no em um programa de privatizações e a diminuir a inflação galopante do país.

Friedman fez parte do Comitê de Política Econômica de Ronald Reagan no início dos anos 80, foi consultor da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e apoiou a malsucedida tentativa de reforma da Previdência de George W. Bush.

Saiba mais em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u112437.shtml

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